terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O Amor é uma praxis

"O Amor de Deus em nós é o lenitivo mais eficaz contra as solicitudes da alma"

É na busca pela realização dos nossos interesses individuais egoístas que se dissolve em nós a solicitude pela vida. Quando algo que muito desejamos, não nos é concedido, um grande sentimento de frustração toma conta do nosso ser, tornando a vida dura, amarga e insuportável; porém, quando nos é concedido tudo o que queremos, com o tempo é percebido que tais conquistas não preenchem o vazio dentro de nós. Todo esse mal é gerado porque, andamos na contra mão do projeto ideal de Deus para nossa vida.

Um dos males que afetam a humanidade, a ponto de ser considerado a doença do século, é a depressão. Muitos não conseguem encontrar um sentido para vida, desanimados e desmotivados seguem seu caminho rumo ao abismo, encurvados sob o peso desse terrível fardo. E quando não encontram razão para viver, pensando que já experimentaram tudo e que, para os mesmos não existe mais nenhuma outra saída, então atentam contra a própria vida. Deus olha para essas pessoas com grande ternura. Não é sem dor que Ele contempla a situação; anseia, no entanto, através dos seus servos ministrar-lhes a dor. Se dedicarmos parte do nosso tempo em aliviarmos os fardos dos que se encontram débeis na dura jornada dessa vida, quais serão os resultados que colheremos para nós mesmos?

“O intelecto cultivado é grande tesouro; sem, porém, a suavizante influência da compaixão e do amor santificado, não é ele de grande valor. Devemos ter palavras e atos de terna consideração para com os outros. Podemos manifestar mil e uma pequenas atenções em palavras amigas, e olhares aprazíveis, que voltarão de novo para nós, Cristãos irrefletidos, por sua negligência para com outros, manifestam não estar em união com Cristo. É impossível estar unido a Cristo e todavia ser desamorável para com outros, e esquecido de seus direitos. Muitos há que anseiam intensamente por amorosa compaixão.
Deus deu a cada um de nós uma identidade particular, nossa própria, que não se pode dissolver na de outro; mas nossas características individuais serão muito menos preeminentes se na verdade pertencemos a Cristo e Sua vontade for a nossa. Nossa vida deve ser consagrada ao bem e à felicidade dos outros, como foi a de nosso Salvador. Devemos esquecer-nos a nós mesmos, sempre à espreita de oportunidades - mesmo em coisas pequeninas - para mostrar gratidão pelos favores recebidos de outros, e estar atentos para observar oportunidades para animar outros, confortando-os em suas tristezas e aliviando-lhes as cargas por mostras de terna bondade e pequenos atos de amor. Essas atenciosas cortesias que, iniciando-se em nossa família, estendem-se até fora do círculo familiar, ajudam a tornar a soma da vida feliz; e a negligência desses pequeninos atos perfaz a soma das tristezas e amarguras da vida” . Testimonies, vol. 3, págs. 539 e 540.

Lembro-me de ter visto em um documentário do fantástico que, o nosso cérebro produz maior sensação de prazer quando damos presentes a alguém do que quando recebemos. Isso porque fomos projetados por Deus, para andar fazendo bem. Entretanto, não é esse o interesse da maioria das pessoas. E quando a satisfação dos desejos individuais são colocados acima do bem estar dos que fazem parte da nossa esfera de relacionamento o resultado é mãe de todas as dores – a Alienação. Ela compromete toda harmonia da vida, tira a paz, produz desassossego, faz morrer a esperança, nos torna pessoas frias e indiferentes e, levando em consideração a lei da causa para o efeito, tudo o que plantamos nós colhemos. Se plantarmos tristeza para outros, essa será a colheita da nossa vida. Dizer que, não fazer o bem; porém, evitar o mal é estar contribuindo em algo especial para a sociedade é iludir a nós mesmos; pois, isso não anula o fato de que outras pessoas são negligenciadas no apce da sua necessidade e a responsabilidade continua pesando sobre os que se negam a fazer alguma coisa pelo bem dos necessitados.
As palavras de Cristo são uma advertência a todos.

“Quando, pois vier o Filho do homem na sua glória, e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; e diante dele serão reunidas todas as nações; e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda". 

"Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. ...  Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim”. Mateus 25 :  31-33 e 41-45.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Semelhança

"O Homem foi criado para pensar 
a semelhança do Seu Criador"
"E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança..." Gênesis 1.26

De acordo com o livro de Gênesis, o homem foi criado a semelhança de Seu Criador. A idéia que tem sido sustentada sobre esse assunto é a de parecermos fisicamente com um ser absoluto. Só o fato de termos a aparência física de Deus já é um privilégio, no entanto, com base nas análises científicas que tem sido o fundamento para a confirmação do projeto inteligente, percebe-se que esse conceito se expande para muito além da presente compreensão sobre a semelhança divina em nós. Esse conceito envolve, também, a linha de raciocínio humana e suas instâncias; envolve a capacidade que temos de entender a conectividade entre os diversos sistemas presentes na natureza e dinamizar pensamento de acordo com essa rede natural conectada. A construção cognitiva, não está somente  relacionada com o fato de que podemos aprender com o livro da natureza mas também com a projeção e construção de coisas com estruturas similares aos elementos naturais. Assim como o universo é formado por sistemas, que contém componentes integrados; cuja funcionalidade depende da existência de todas as peças como um todo, assim também é com tudo o que o homem constrói. O ser humano não consegue, e jamais vai conseguir, construir sistemas que contenham componentes desintegrados e que funcionem isoladamente. Um automóvel, por exemplo, possui várias peças que funcionam de forma integrada. São partes inter-relacionadas e que dependem umas das outras. E se for analisado todo produto da mente humana, vamos notar esse princípio padrão: - A conectividade entre os componentes que formam um determinado sistema. Sendo que toda produção humana segue esse padrão estrutural presente na natureza, torna-se um fato indiscutível que, pensamos a semelhança de Deus.


Para defender a idéia de que todas as formas de existência são o resultado de um projeto inteligente, elaborado por uma Mente Superior e Absoluta, os cientistas, têm se utilizado dos diversos exemplos de engenharia humana. O que se pode notar nessas analogias é que, tanto os elementos naturais quanto os que foram projetados pelo homem, evidenciam um padrão em comum na sua arquitetura. Embora essa observação possa ser notada em todos os ramos de engenharia, foi através da tecnologia da informação que pude perceber essa dinâmica construtiva do pensamento; pois, na construção e conexão de vários hardwares, na construção e conexão de vários softwares, ou até mesmo, e indispensavelmente, na conexão entre hardware e software pode-se notar um “padrão fantástico de complexidade inter-relacionada”. Exatamente igual a tudo o que existe na natureza.





"O argumento para o projeto inteligente se basea na observação dos fatos , essa é a minha definição de uma boa ciência - A observação dos fatos. 

Quando observamos os fatos... o que vemos? - Vemos um padrão fantástico de complexidade inter - relacionada

  
O que mais me chamou a atenção em relação a esse assunto é a similaridade entre as estruturas de tudo que a mente humana produz com todas a diversas formas de existência presentes no Universo. E ao concluirmos que o universo é obra de um Criador, essas estruturas, feitas por homens, mostram a propriedade da mente humana em pensar a semelhança do divino.

Um exemplo para facilitar a compreensão desse assunto é o núcleo de uma célula viva – O DNA. De acordo com Paul Nelson, o DNA possui uma estrutura ideal para transportar informação. Nas bases ATCG da dupla hélice do DNA, há um potencial para armazenar uma enorme quantidade de informação. Não foi descoberta, ainda, em todo o universo uma entidade que seja capaz de armazenar e processar informação (mesma função do computador) de modo tão eficiente como a molécula do DNA. Um complemento total de DNA humano possui três bilhões de caracteres individuais. As regiões codificadas das moléculas do DNA mostram que seus caracteres químicos possuem uma organização específica para transmitir instruções detalhadas tais como as letras numa sentença compreensível por dígitos binários num código de computador.
Bill Gates disse que o DNA é como um programa de computador, e essa observação nos remete à síntese desse artigo, que sustenta a idéia de que o homem pensa a semelhança da estrutura de toda forma de existência.

Outra analogia é a que foi feita por Michael Behe em relação ao motor flagelar. Segundo o cientista, o flagelo bacteriano possui um motor, exatamente igual, ao motor de polpa de um navio. Será que o homem estudou o flagelo Bacteriano para construir o motor do navio? – Com certeza não, pois, no tempo em que foi inventado, o flagelo não havia sido descoberto pela ciência. Seria coincidência então? – É certo que não, pois a similaridade na estrutura das invenções humanas se relaciona com todos os componentes da natureza.

Complexidade inter - relacionada "O modo como chegamos
a
conclusão do projeto inteligente para o flagelo bacteriano é o mesmo pelo qual tiramos conclusões sobre o motor de polpa. Com o motor de polpa, vemos como as partes interagem, e sabemos que alguém fez isso... "


A humanidade possui um pensamento padrão arquitetônico estabelecido por Deus. Quando Deus disse, façamos o homem a nossa imagem e semelhança, nesse ato Ele deu ao ser humano, não somente o privilégio de se parecer fisicamente com Ele; mas, a de pensar e construir à Sua semelhança.

O homem não é criador. Esse é um atributo exclusivo de Deus. Somente Deus pode criar coisas inauditas. O homem desenvolve suas invenções partindo de elementos já existentes. E quando sua invenção projetada na elaboração do pensamento ganha a instância material, seu projeto é padronizado com o modelo de pensamento arquitetônico divino, semelhante a tudo o que existe. Os carros, as redes de transmissão elétrica, as redes de computadores e todo tipo de engenharia, são instancias do pensamento humano que estão padronizadas com uma arquitetura semelhante a todos os componentes no universo.