domingo, 11 de setembro de 2011

A Genética e o Dilúvio



Para muitas pessoas, é difícil acreditar em histórias, como a criação de Adão e Eva, o dilúvio, a travessia do povo de Israel pelo mar vermelho, o profeta que foi engolido por um grande peixe e entre outras. Essas e muitas outras histórias da Bíblia são alvos de constantes questionamentos por parte de quem acredita, ser esses fatos, um apelo a mentes incultas.
Acreditar nestes relatos, na realidade exige fé. De acordo com as escrituras sagradas, “Fé é o firme fundamento de coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêm”. Heb. 11:1. Para Tomé, que precisava de uma prova de que seu Mestre havia de fato ressuscitado Jesus disse: “Bem aventurados os que não viram e creram”. Jo. 20:29. Se bem que os testemunhos dos discípulos fossem evidências suficientes para que Tomé cresse, acreditar que Jesus ressurgiu dos mortos exigia fé independente de provas. “Se todos exigissem a mesma prova, ninguém hoje receberia a Jesus, nem creria em Sua ressurreição. Mas foi a vontade de Deus que a notícia dos discípulos fosse recebida por aqueles mesmos que não podiam ver e ouvir o Salvador ressuscitado”. História da Redenção pág. 236; ou seja, creriam pela fé e não pelo apelo lógico à razão. 
Muitos que foram testemunhas oculares dos milagres de Jesus, embora convencidos de que Ele era o Messias tão aguardado e anunciado pelos profetas do antigo testamento, não depositaram a fé nEle; e eram pessoas que tinham conhecimento das escrituras. O Conhecimento com a fé é válido; porém, a fé é única que não pode se ausentar. O conhecimento sem fé de nada tem proveito, mas a fé, mesmo sem o conhecimento, opera pelo amor e purifica a alma.
Conheci muitas pessoas que tinham limitações de compreensão sobre determinados assuntos da Bíblia e, no entanto, aceitavam a verdade tal qual ela era simplesmente por fé.
Muitos que questionam as histórias da Bíblia por não encontrarem nelas provas de que as mesmas aconteceram, acreditam também, em outras idéias que não são cientificamente comprovadas. Como por exemplo, cristais, horóscopo, gnomos, imagens de esculturas, extras terrestres, e muitos outros. Tudo isso também é fé.
Outro exemplo, que envolve acreditar em conceitos não comprovados cientificamente, é a teoria da evolução das espécies. Nunca houve qualquer prova científica que garante que tal teoria seja verdadeira, mas existe quem defende com unhas e dentes a idéia. Acreditar em tal teoria exige muito mais fé do que acreditar na criação; pois para a ultima existem evidências para sustenta-la. O criacionismo só não deixou de ser ainda uma teoria, por causa do orgulho e presunção de muitos cientistas, mas já existem movimentos que, por meio de fatos cientificamente comprovados, defendem a idéia da existência de um criador absoluto por trás de toda forma de existência.
Embora o cristão não necessita de provas e sim da fé, como fundamento do que acredita, as evidências existem sim, e falam por si mesmas. Uma das que quero tratar nesse artigo é a veracidade do dilúvio. Não vou abordar sobre as expedições que foram enviadas ao Monte Ararat, as quais conseguiram entrar na arca e realizar a mensuração do complexo. Vou abordar algo ainda mais interessante e que está relacionado com a nossa estrutura genética. Afinal, pode ter alguma relação entre o dilúvio e a genética humana?
Há mais ou menos 5 anos, assisti um documentário na TV cultura que falava sobre o super vulcão YellowStone nos EUA. No documentário foi apresentada uma pesquisa feita sobre uma organela da nossa célula, chamada mitocôndria. De acordo com os cientistas que realizaram a pesquisa, o DNA mitocondrial, em 6477 bilhões de habitantes na terra, é muito semelhante. Levantou-se uma dúvida sobre o que poderia ter causado essa similaridade. Como o documentário abordava questões geológicas sobre os supervulcões existentes no mundo, apresentar a pesquisa sobre a genética mitocondrial foi interessante porque os cientistas chegaram a conclusão de que houve um evento catastrófico, em algum momento da história desse mundo, que dizimou um grande número da população mundial, resultando assim na diminuição da variedade do DNA da mitocôndria. Daí então os cientistas atribuírem esse fenômeno a uma suposta erupção vulcânica ocorrida na Grécia.

Tenho uma outra perspectiva desse fenômeno. Os cientistas acertaram na causa, mas erraram o evento, o período e o número de sobreviventes. Toda a humanidade, homens e mulheres, são possuidores da organela mitocôndria; no entanto, essa é uma herança de mães para filhos. Embora os homens também tenham, ela não é uma herança paternal. O afunilamento da humanidade ocasionada por um evento destrutivo resultou em uma diminuição drástica no número de mulheres sobreviventes ao evento. Com um número reduzido de mulheres diminuiu-se, também, a variedade do DNA mitocondrial passado para os seus filhos. Com a erupção do super vulcão na Grécia, existiriam, ainda, 5 milhões de sobreviventes, entre os quais, um número menor de mulheres. Ainda assim, haveria uma grande variedade no DNA mitocondrial; ou seja, o funil é ainda mais estreito, o evento é de proporções maiores e o número de sobrevivente é ainda menor. Aplicando essa descoberta à ocorrência do dilúvio, o número de sobreviventes cai para apenas oito – a família de Noé - entre os quais encontram-se 4 mulheres. A similaridade do DNA mitocondrial da humanidade, se deve ao fato de que apenas três mulheres sobreviventes ao dilúvio tiveram filhos. Quanto ao período, percebe-se, pela estrutura do DNA, que a redução da humanidade não é um fato de muitos milhões de anos. Na realidade, esse estrangulamento se mostra ser um fato muito mais recente do que uma provável erupção do supervulcão grego, provando que nós somos muito mais novos do que a ciência até então tinha previsto. A ocorrência do dilúvio se deu há mais ou menos 5 mil anos e percebe-se esse fato por meio da estrutura mitocondrial, apontando para um recente estrangulamento da população mundial resultando na similaridade do seu DNA.

Pois bem, como já foi abordado nesse artigo, não necessitamos de provas de qualquer espécie para acreditarmos nas histórias da Bíblia, pois a “fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção das que não se podem ver”. No entanto elas existem e falam por si mesmas. Ter o conhecimento delas, no entanto, não é, necessariamente, o que vai fazer alguém mudar de idéia quanto ao que acreditamos. A fé vem pelo ouvir e o ouvir da palavra de Deus. Mas é preciso decidir pelo sim ou pelo não. Acreditar ou discordar é um direito de todos. A lei do livre arbítrio é tão sagrada quanto o próprio Deus; pois, Ele deseja de todos um serviço voluntário de amor, que brote de uma apreciação do Seu caráter.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Porque toda mulher precisa de um Super Homem

Super homem; tudo o que elas querem ter é
 tudo o que eles precisam ser
By Samuel Davi Nascimento

Independente de qualquer cunho religioso, homens e mulheres se complementam nos vários aspectos da vida. Não vem ao caso dizer quem é o mais “forte”, o mais importante ou aquele que manda na relação; mas, precisamos pontuar o que aproxima homens e mulheres. Porque homens e mulheres se procuram mutuamente? Colocando os pingos nos i(s), a partir das várias horas, anos, séculos e milênios de observação, concluímos, e a própria biologia confirma, que as mulheres são pessoas completas. Toda sua estrutura física tem uma utilidade independente da estética, o que não é uma realidade masculina. Sendo assim, qual seria o sexo frágil, se a mulher é mais completa em todos os aspectos?

É muito comum a mulher assumir o papel do homem na sua ausência. Quantos conhecem um homem que cuidou dos filhos sozinho na ausência da esposa? O número de homens nessas condições é muito inferior ao número de mulheres. A mulher sublima a ausência do marido ou pai de seus filhos vivendo inteiramente para cuidar da sua prole sem nunca priorizar um novo relacionamento. Conhecemos casos que a mãe se privou de todo e qualquer relacionamento até o fim da sua vida. Uma possibilidade remota, em relação ao homem. Um novo casamento é uma situação corriqueira nos exemplos masculinos que encontramos. A mulher é capaz de trabalhar fora de casa, procurando seu sustento e da sua família; é capaz de trabalhar num segundo turno dentro de casa e ainda arruma tempo para estudar, cuidar de si, acordar os filhos para ir à escola, fazer super mercado e todas as tarefas que precisam ser feitas de forma concorrente. O homem não se vê nessa situação. É claro que existem casos pontuais, mas essas são exceções e não a regra. Se o homem, com filhos para criar, se envolve em outro relacionamento e a mulher, de alguma forma não se ajusta ou mesmo não gosta dos enteados é mais fácil para o homem dispensar os filhos do que a nova companheira. Ou os filhos se adaptam a ela, ou não há lugar para eles em sua própria casa. Isso é uma impossibilidade em se tratando de uma mulher e seus filhos, ela não pensa duas vezes em romper o relacionamento; mas, jamais colocaria um filho seu em segundo plano, evidentemente existem casos pontuais.

Afinal, tendo a mulher esse perfil, perguntamos – Qual é o sexo frágil?  E porque a mulher precisa de um homem se ela é mais completa?
O sexo frágil é aquele de maior dependência. Em outras palavras, o sexo forte é o mais independente, é o mais autônomo. Mesmo sendo uma afirmação difícil, concluímos que a mulher é o sexo forte e que o homem, diferentemente do que nos ensinaram, é o sexo frágil. É mais comum encontrarmos viúvas do que viúvos. O homem, biologicamente falando, vive menos, mas não queremos entrar no aspecto sociológico. O fato é que, a mulher tem maior resistência física. E o homem, qual é a única coisa que ele tem superior a mulher? - Não precisamos nem pensar muito; a força física é a única superioridade masculina em relação à mulher. E em relação a isso as mulheres assumem essa inferioridade. Não há motivo de discussão. O homem é mais forte fisicamente que a mulher e ponto. Nunca encontrei uma mulher que levantasse qualquer dúvida em relação a este assunto. Muito pelo contrário, é exatamente a força física masculina que faz com que a mulher necessite de um homem. Ela prefere se submeter a um, do que ter a sua integridade física desrespeitada por outros. Nesse aspecto a mulher, além de pensar em família num segundo momento, pensa primeiro no seu próprio bem estar. Eis o motivo pelo qual ela procura por um homem.
Considerando que a regra é encontrarmos um casal, sendo o homem mais alto do que a mulher, a escolha não parte do lado masculino. Então é ela quem escolhe. No relacionamento homem e mulher, o homem se apresenta e a mulher escolhe. A sua maior necessidade é de proteção e inconscientemente procura alguém capaz de garanti-la. Raramente irá procurar por alguém que lhe seja menor em estatura. Logo, um super homem para uma mulher é aquele que lhe dá proteção, e isso nos referimos a questão física. Mas a mulher visa o uso da força física do seu homem em relação aos outros. Ela quer ser tratada com carinho, eis o segundo motivo pelo qual a mulher necessita de um homem. Ela não vê a força física dele voltada contra si mesma, porque nesse aspecto ela tem enorme desvantagem. Estes dois aspectos, proteção e carinho, estão intimamente relacionados à figura da mulher. Em relação ao seu desejo natural voltada para a maternidade, onde a constituição da família a fragiliza, não em relação a si, mas em relação à sua prole, principalmente nos primeiros dias de um filho, ela vai necessitar de alguém que lhe dê segurança. A criança, em tudo é dependente da sua mãe. A mulher não se torna frágil pelo fato de ter dado a luz, muito pelo contrário, ela se torna ainda mais forte do que imaginava ser; a fragilidade não é dela e sim da sua cria. Neste momento o homem pra ela deve ser sinônimo de segurança, alguém capaz de constituir família e de mantê-la.
Concluindo, toda mulher necessita de um homem que lhe dê proteção, carinho e segurança. Um super homem para uma mulher é alguém capaz de lhe proporcionar essas três virtudes. Não pode faltar nenhuma das três, num relacionamento homem-mulher. Se faltar qualquer uma dessas o relacionamento não se sustenta. O homem com H maiúsculo protege a sua mulher, lhe trata com carinho e garante a sua segurança. Isto pode ser feito de forma natural se tiver um ingrediente que é essencial em qualquer relacionamento: Amor. Quem ama protege.Quem ama não machuca. Quem ama cuida. 

O Mito da Caverna



O limite da inteligência é a nossa própria ignorância voluntária


O mito da caverna é um diálogo metafórico de Sócrates e seus interlocutores Glauco e Adimanto, o qual fora escrito por Platão. Esta é uma alegoria através da qual entendemos a condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância que, conforme a reflexão de Platão sobre seus contemporâneos, homens comuns, os prendia a suas crenças e superstições. Platão em seu tempo, através dessa parábola conseguiu identificar duas classes de pessoas, bem distintas e antagônicas entre si, existente no mundo. As que atualmente conhecemos como pessoas que trabalham idéias e as que trabalham fatos.

O processo da obtenção da consciência abrange dois domínios (eikasia e pístis) o domínio das coisas sensíveis, na qual encaixa-se, infelizmente a maioria das pessoas. São as que trabalham fatos, que vivem na ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens, as quais são mutáveis, corruptíveis, que não são funcionais e, por isso, não são objetos de desenvolvimento do intelecto. Para o filósofo(Platão), é no domínio das idéias (diánoia e nóesis) que encontramos a verdade do mundo real, na qual saímos da “caverna” e escalamos o muro à sua frente em busca do conhecimento real contribuindo para que possamos superar a superficialidade do entendimento de tudo quanto é objeto de ensino e contribui para a estruturação do saber filosófico e científico.

Volvemo-nos então dessa explicação para a alegoria por intermédio da qual entendemos esses conceitos.
No Diálogo é descrita uma caverna na qual encontrava-se, dentro dela,  pessoas acorrentadas umas as outras e de costas para a sua entrada. À frente da caverna havia um muro que a separava do mundo externo. Nela havia uma fresta por onde passava um feixe de luz. Através dessa fresta, eram refletidas ao fundo da caverna, as imagens de pessoas e objetos que passavam por ali. Essas imagens eram a única visão que as pessoas dentro da caverna conheciam sobre o mundo exterior, acreditando que as mesmas eram figuras reais, desconhecendo assim, as suas verdadeiras formas, cores e estrutura.

Conforme a metáfora, em um determinado momento, um dos prisioneiros quebra as suas correntes e sobe o muro passando para o mundo exterior. Por haver ficado, desde seu nascimento, dentro da caverna, sem conhecer a luz do mundo exterior, a mesma o cega por algum tempo, até que ele se acostuma com a visão do ambiente em que se encontra, e começa a ver então o mundo real que até então havia sido prefigurado pelas imagens refletidas no fundo da caverna; porém, com a dificuldade de identificá-las e associá-las com as imagens que dantes haviam sido seu alvo de contemplação, chegando até a pensar que essas sombras é que eram verdadeiras.


Se para o prisioneiro fugitivo, foi difícil contemplar o mundo exterior e aceitar a realidade comparando-as com as sombras projetadas no fundo da caverna, quanto mais seria para os que ali ficaram se ouvissem o relato do prisioneiro ao voltar para lá. Não seria surpresa se o mesmo fosse recebido com hostilidade, pois pode ser que esses, iriam preferir se encerrarem na ignorância do mundo ilusório em que até então se encontravam.

É aceitável concluirmos que individualmente temos limitações diferentes uns dos outros quanto a compreensão de uma mesma verdade. E é correto afirmar, que temos muitas formas diferentes de aprendermos um mesmo conceito; porém, o conceito em si (seja lá do que for) não se corrompe por formas equivocadas de interpretação. Podemos ter várias formas de reflexão, mas as mesmas devem ser direcionadas a essência do conceito no qual meditamos. No entanto, o que mais deve ser enfatizado, com a alegoria da caverna, é o fato de que a mente tem a capacidade de dilatar-se com a complexidade das coisas com as quais nos envolvemos ou definhar-se ao ser aplicada em fatos que não contribuem para o desenvolvimento do intelecto; isso é, viver encerrado dentro de uma caverna.

Na alegoria da caverna, podemos ter essa percepção do pensamento de Platão quanto a essa conclusão. Mentes medianas comprovam a teoria, de que a mente também definha, quando nos envolvemos com os “fatos” corriqueiros do mundo medíocre que nos rodeia, o importante é não nos sentenciar a escravidão da “caverna”. A princípio a informação sobre a qual devemos pensar, pode nos parecer confuso e embaralhado, nesse momento é que percebemos a complexidade do conteúdo; porém, ao habituarmos a mente em demorar-nos na reflexão, o que antes parecia confuso e embaralhado passa a se organizar, começando assim a estruturação do saber e do entendimento, até que a mente se familiariza com o conteúdo deixando de ser uma novidade para o que se demora em entender o conceito no qual se aplicou, podendo assim, partir para novos horizontes em busca de novas descobertas.

Devo ressaltar que o objetivo desse artigo não é traçar uma linha divisória entre as duas classes de pessoas, descriminando-as como sendo umas inferiores às outras. De forma alguma. Até porque toda humanidade recebeu de Deus o maravilhoso talento no qual estrutura-se o princípio do pensamento – A inteligência. O que quero expor nessa reflexão é a importância da busca pela obtenção do conhecimento de tudo o que nos envolve como ser humano com o objetivo de superar a superficialidade e a ignorância. Pois a verdadeira educação consiste no desenvolvimento dos talentos e das faculdades que compõe a estrutura humana.

"Do justo emprego do tempo depende nosso êxito no conhecimento e cultura mental. A cultura do intelecto não precisa ser tolhida por pobreza, origem humilde ou circunstâncias desfavoráveis, contanto que se aproveitem os momentos. Alguns momentos aqui e outros ali, que poderiam ser dissipados em conversas inúteis; as horas matutinas tantas vezes desperdiçadas no leito; o tempo gasto em viagens de ônibus ou trem, ou em espera na estação; os minutos de espera pelas refeições, de espera pelos que são impontuais - se se tivesse um livro à mão, e esses retalhos de tempo fossem empregados estudando, lendo ou meditando, o que não poderia ser conseguido! O propósito resoluto, a aplicação persistente e cautelosa economia de tempo, habilitarão os homens para adquirirem conhecimento e disciplina mental que os qualificarão para quase qualquer posição de influência e utilidade". Parábolas de Jesus, págs. 343 e 344.

"O Senhor deu ao homem capacidade de contínuo desenvolvimento, e assegurou-lhe todo auxílio possível na obra. Pelas providências da graça divina, podemos atingir quase a excelência dos anjos. Nossa Alta Vocação". (Meditações Matinais, 1962), pág. 216.

sábado, 3 de setembro de 2011

Imensurável Amor



Eis que estava no Horto...
Não sei como era a temperatura, mas tudo estava frio...
Não sei como estava a lua ... mas a noite estava em trevas profundas.
Sua face era de puro sofrimento...
Sob o doloroso fardo que me oprime Ele estava...
Mistério que me conforta... eis que era o próprio Deus.
Amor que me abala... pelas dores que sentiu
Mistério de um amor infinito... quem poderá mensura-lo?
Deus... Tu és o motivo do meu louvor...
Como posso estar feliz com a humilhação que Tu sofreste?
Mas é exatamente a paz que tenho... Devo à Sua Paixão
Porque como sou a pior das pecadoras... Seu amor me exalta acima das estrelas do Céu
Porque a Sua vida, que é a fonte de tudo o que vive, foi o meu resgate...
Quão miserável sou e Tu me amas...

A profundidade e a intensidade do que sentistes ninguém é capaz de calcular e ninguém é capaz de suportar... no entanto, mesmo sendo Tu, divino encarnado em humano, foi o homem que venceu... Pode o homem comum também vencer? – Tu és a vitória de todo aquele que crê. Faze de mim também, a Sua perpétua vitória... Seja Seu nome honrado em mim... visto que isso é Seu direito e minha obrigação... porque me deste vontade própria e posso decidir te abandonar... mas Seu amor me constrange. - Porque muitos se endurecem?

Deus Filho, Amor Abnegado...
Tu és meu Príncipe... o que me dá paz!
Tu és Emanuel... o que habitas comigo!
Tu és Miguel... Aquele que me diz... Quem é como Deus... EU SOU o Seu Deus!
Tu és meu Rei... que impera sobre Seu reino o qual sou sua súdita...
Tu és Jesus Cristo... que no monte das oliveiras, soou gotas de sangue... a quem minha dor oprimiu... para curar-me e restaurar-me a Sua semelhança.
Tu és o Meu Pastor... que dá a vida pela Suas ovelhas. Dentre todas, a mais perdida sou eu.
Pois o que dizer da que se perdeu?... resgatada pelo Bom Pastor, foi a que com regozijo levaste para o rebanho.
Estavas revestido de glória nas mansões celestes e com misteriosa humilhação, desceste abaixo dos anjos do Céu. Como homem, viveu a vida mais simples, onde não se via nem beleza nem ostentação de riquezas. Vida pobre com diversas dificuldades... mas não deixou de revelar o brilho da Sua nobreza... que mente finita é capaz de louva-Lo a altura de Sua humildade?
Diante da indiferença, principalmente dos Seus próprios filhos, és um Deus magoado. Magoado sim, porque fizestes tudo; porque a Sua entrega envolvia todo o Universo em seu infinito sacrifício... e a retribuição tem sido a indiferença de muitos... por todos esses foi que Tu choraste sobre Israel. Mas a Sua longaniminidade em suporta-los é capaz de impressionar o coração mais vil.

Rei da Glória... como pode ter sido seu nome exaltado sobre o madeiro?
Deus Justo... como pode ter sido sua justiça exaltada, morrendo Tu como um condenado?

Naquela Cruz, eu deveria estar; mas Tu foste o meu substituto.
O madeiro me pertencia, e a Sua justiça me condenaria... Mas a mesma Justiça em Harmonia com a Sua Misericórdia me proporcionaram contemplar a Sua cruz que era a minha cruz. E quem pode dizer que Tu não és um Deus de amor?

Porque Tu és Santo
E todo joelho diante de Ti se dobrará
Não haverá duvidas para o fiel inquiridor
Pois que a resposta na Cruz foi dada
Deus é Justo, Deus é Misericórdia.
Em Jesus revela-se o Seu amor