quarta-feira, 15 de abril de 2015

Hebraísmo



Nas escrituras sagradas são usadas expressões idiomáticas, típicas da cultura israelita, as quais chamamos de hebraísmo. Alguns textos ou, eu diria, grande parte dos textos da Bíblia são compreendidos de forma superficial ou até mesmo de maneira equivocada pela falta de conhecimento das mesmas. Um exemplo clássico é a referência que temos de quando um dos discípulos pergunta a Jesus quantas vezes devemos perdoar e então Ele dá a seguinte resposta: "Setenta vezes sete". Cristo aqui, se utilizou de um hebraísmo o qual quer dizer infinitamente. Ele não disse que devemos perdoar 490 vezes; mas sim, sempre!

Alguns religiosos negam a divindade de Jesus Cristo excluindo textos das escrituras ou tirando outros de seu contexto; porém, notem o seguinte, várias vezes, nos evangelhos Cristo usa as seguintes expressões referindo-se a si mesmo: "Filho do Homem" e "Filho de Deus". Esses não são conceitos ocidentais, onde dizemos sem distinção nenhuma que todos nós somos filhos de Deus. Nestas expressões usadas no hebraico, quando Cristo diz que é Filho do Homem, Ele refere-se à sua absoluta humanidade e, quando Ele diz que é Filho de Deus, está referindo-se à Sua absoluta Divindade. Por esse motivo, os que se recusavam a reconhecer a divindade de Jesus, O repudiavam e tramavam a sua morte, mesmo reconhecendo nEle todos os indícios de que era Deus encarnado.

O estudo das escrituras não deve ser baseado em uma leitura superficial. Requer uma pesquisa mais aprofundada e dedicada sob a influencia do Espírito Santo para que não aconteça que tenhamos uma compreenção equivocada ou mesmo limitada. Cristo era 100% Deus e 100% homem. Alguém cuja natureza é singular e incomparável. Conquanto fosse também um profeta era sem sombras de dúvidas alguém que se distinguia entre todos os profetas.