domingo, 25 de dezembro de 2011

Párabola do Tribunal

Base desse artigo: Mateus 22: 02 – 13 – “A parábola das Bodas”

“Mas o Senhor está assentado perpetuamente; já preparou o Seu tribunal para julgar” Salmo 9:07.

Durante a minha jornada cristã, uma das lições maravilhosas que aprendi é a que Deus se fez homem e habitou entre nós, não apenas para redimir o homem, mas principalmente para revelar a todo universo o Seu caráter o qual tem sido injustamente acusado, desde que houve rebelião entre uma terça parte dos anjos do Céu contra o criador. Em todas as lições contadas nos sermões e nas reuniões particulares de Jesus revela-se esse contexto. Todas as Suas parábolas mostram sim o serviço abnegado e altruísta de Deus em favor do Homem, mas sempre direcionando a atenção dos Seus ouvintes e leitores para o caráter Justo de Jeová.
 
Sempre gostei muito de estudar simbologia teológica. As histórias de Cristo estavam longe de ser apenas uma distração para o povo que O seguia, estavam repletas de simbolismos que prefiguravam verdades espirituais profundas e que apontavam para o amorável Deus justo e misericordioso, como, por exemplo, a parábola do rei que realizaria as bodas de seu filho, e dera a ordem aos seus servos a que convidassem os súditos de seu reino. Após terem, os convidados, recusado ao convite tão honrado para participar das bodas do filho juntamente com o rei, o monarca, indignado com a recusa dos seus súditos, mandou novamente os seus servos convidarem todas aquelas pessoas consideradas a escória da sociedade: os coxos, os mancos, os leprosos, os miseráveis... Todos foram convidados para a grande festa. A ordem do rei é que convidassem cada vez mais pessoas, para que não fosse encontrado nenhum lugar vazio, daqueles que recusaram estar presente nas bodas.

Todo simbolismo dessa história contada por Jesus, envolvia a recusa do Seu próprio povo em reconhecê-Lo como O Messias prometido. Ele é o Filho do Rei desprezado. Os servos são os mensageiros do evangelho; os primeiros convidados que recusaram o convite representavam o povo Judeu e todos aqueles que tendo conhecido a Jesus O rejeitaram. Os convidados, que eram considerados miseráveis pela sociedade, representavam todos aqueles que, fora das delimitações de Israel e em todos os tempos por vir, aceitariam a verdade em Cristo Jesus, O Unigênito de Deus.

Deus sempre tem ensinado seus filhos por meio de representações secundárias a fim de que os mesmos pudessem ter uma melhor concepção das Suas lições espirituais. Ele se utilizava da natureza, do cotidiano das pessoas, da sua cultura, e da experiência de vida de cada uma delas. Contextos que podiam ser facilmente entendidos por essas pessoas e, dessa forma, com facilidade poder direcioná-las as virtuosas lições que procediam Da Mente Divina.

Não foi diferente comigo. Por ter essa concepção de que Jesus havia tomado sobre si a humanidade com o objetivo de revelar o caráter de Deus, e por tanto tempo ter me dedicado ao estudo dessa verdade, o Espírito do Senhor me conduziu a ponto de passar por uma experiência singular na obtenção mais ampla desse conhecimento. É algo que desejo compartilhar nas linhas de artigo.

O que mais se ouve dizer nas igrejas é que Jesus se tornou humano para salvar a humanidade. Isso é verdade; porém, é muito superficial pensarmos que foi somente esse o motivo, como se o ser humano fosse o centro do Universo. Durante toda a minha experiência nos estudos que tenho feito, Deus me ensinou que o principal motivo dEle ter vindo a terra na pessoa de Jesus Cristo foi revelar ao universo inteiro o seu caráter. Em um livro que li recentemente, chamando O Desejado de Todas as Nações, retirei a seguinte frase: “Através do plano da redenção, cujo centro é o sacrifício de Jesus, o governo de Deus fica justificado”.

Durante a noite, enquanto tentava dormir, minha mente meditava nesse texto. Foi então que Deus me explicou por meio de uma alegoria a qual chamo de Parábola do Tribunal. Deus me mostrou, após ter realizado pesquisas nos livros O Grande Conflito e O Desejado de Todas as nações que Ele tem, literalmente, um tribunal. Todos os componentes existentes no tribunal comum dos homens existem também no tribunal de Deus. Cheguei até a questionar – pode o homem ter se baseado na Bíblia para montar todas as funções de um tribunal?

Após a leitura dos seguintes componentes e funções de um tribunal humano, representando as funções dos componentes do tribunal divino, você poderá fazer a mesma pergunta que eu.

Componentes do Tribunal Divino

JUIZ

É o componente que representa a autoridade suprema em um tribunal. Com o poder para exercer a atividade jurisdicional, julgando os conflitos de interesse que são submetidas à sua apreciação.
Na teologia, Aquele que é revestido de autoridade para julgar e executar a sentença de seu juízo é o próprio Jesus Cristo.
“A este ressuscitou Deus ao terceiro dia e lhe concedeu que se manifestasse... Este nos mandou pregar ao povo, e testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos”.  Atos 10. 40 e 42.

RÉU E A LEI

Conquanto seja um acusado suspeito de um delito não é o réu, necessariamente, o CULPADO. Todo processo que se segue, tem o objetivo de provar a sua inocência ou a sua culpa. Para essa finalidade, o tribunal conta com a presença de um Advogado de Defesa e um Promotor da justiça que realizarão funções antagônicas. Apenas uma dessas forças prevalece e, dessa forma, determina se o réu é inocente ou não.
No tribunal divino, quem ocupa a posição de Promotor é Seu adversário, o anjo caído. Nesse caso, não é um agente em defesa da justiça, pois a Lei de Deus, base fundamental e indispensável desse tribunal, é o alvo das acusações de Satanás. Sendo assim é ele o promotor da Injustiça – diferente de como é no tribunal humano, pois o promotor age em prol da justiça.
Quando Deus foi acusado pelo Seu inimigo, nas cortes celestes, A Suprema Autoridade do Céu, verificou a necessidade de estabelecer um tribunal, onde Ele próprio se assentaria no banco dos RÉUS. Permitiria sim, que Satanás fizesse o seu papel de acusador; mas não sem motivo. O objetivo do Senhor é fazer com que todos saibam quais são as verdadeiras intenções do inimigo. O Processo que se seguiria receberia o nome de O Grande Conflito entre Cristo e Satanás. Através desse grande conflito percebe-se que Cristo é o centro do universo, pois foi para dar uma satisfação a toda sociedade universal que, Deus acentou-se no banco dos réus. Mesmo os anjos do Céu ficaram confusos com as acusações de Lúcifer. Poderia esse anjo ter razão? Afinal não era ele o anjo mais próximo de Jeová, partilhando da luz que vinha de Seu trono? – Essas perguntas precisavam de uma resposta, e Deus não faltou com elas.
Toda pessoa que comparece a um tribunal na posição de réu, responde por um crime que justa ou injustamente afeta a sua integridade moral. Por meio da Bíblia, nós adventistas do sétimo dia, Aprendemos que, a LEI de Deus – os 10 mandamentos - é a expressão do Seu caráter. Logo, quando Satanás acusou a Lei de restringir a liberdade dos anjos, ele atentou contra a integridade moral do Criador, e Deus daria a ele a oportunidade de apresentar perante o tribunal divino o fundamento das suas acusações. Com esse objetivo, Deus revelaria Seu caráter Justo e Misericordioso em contraste com o mal intencionado anjo. Revelaria a perfeição do Seu sistema de governo em contraste com o governo decadente proposto por Satanás. Ao longo de quase seis mil anos, toda a hoste universal tem visto por meio dos acontecimentos terrestres, qual é o governo proposto por Satanás e que, das abominações que tem acusado a Deus, ele mesmo é o culpado.
Jeová não somente permitiria o decorrer do Conflito apenas para descobrir perante os súditos do Seu reino o caráter de Seu inimigo; mas, colocaria em prática o Plano que, salvaria a humanidade caída e colocaria Seu caráter em contraste com o de Satanás, destruindo qualquer dúvida sobre seu sistema de governo.

ADVOGADO

Através do contexto explicado no tópico O RÉU E A LEI, entendemos que o promotor é Satanás, o qual a Bíblia chama de “O Grande Acusador” e que Cristo é o réu. Precisamos agora, identificar o Advogado. Deixo que a bíblia mesma responda:
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. 1 Jo 2:1. 

Muitas pessoas para quem eu pergunto quem é o advogado no tribunal divino, respondem que  são os Seus servos. A teologia não confirma tal resposta. Somente alguém que tinha o absoluto entendimento da santidade da Lei transgredida pelo homem, poderia ser em benefício da humanidade, o advogado, principalmente da causa divina; ou seja, Cristo. Somente alguém tão sagrado quanto à própria Lei poderia reivindica-la – Jesus. 

Conquanto o verso citado acima revele o Advogado a serviço do pecador arrependido, em nenhum momento ele (o pecador) se torna o réu. Pois quando Satanás acusa os servos de Deus perante o tribunal divino, o objetivo é afrontar o Senhor, é levantar acusações contra o sistema de governo de Jeová através da alegação de que é impossível obedecer a Lei de Deus. Uma das acusações de Satanás é que, ao induzir o homem a pecar, ele jamais conseguiria pelas suas próprias força viver em obediência a Deus.  No que diz respeito à débil força do homem, de fato seria isso impossível; porém, Cristo se revestiu da humanidade, para sofrer tudo o que o ser humano sofre, com o objetivo de vencer se utilizando do mesmo recurso o qual o homem pode lançar mãos - A comunhão com Deus. É esse ato de Jesus que faz do pecador, por meio da fé, obediente aos Seus estatutos; ou seja, por meio da redenção. Cristo venceu o pecado, não porque era Deus, mas porque revestido da humanidade, se utilizaria do único recurso disponível ao ser humano, o amparo do Pai Jeová. Ao vencer Satanás, Cristo, o advogado do reino celestial, apresenta perante o tribunal de Deus a única prova aceita para reivindicar o Governo Divino – O Seu Sacrifício. Fora esse ato que culminou na perfeita frase escrita no Livro O Desejado de Todas as Nações e que resultou nas linhas desse artigo – “Através do Plano da Redenção, cujo centro é o Sacrifício de Cristo Jesus, o governo de Deus é Justificado”. – Nesse texto, a palavra Justificação, não ganha o mesmo sentido teológico aplicado ao pecador que é Perdão. O sentido dessa palavra, no contexto em que Cristo é o advogado da causa divina, significa absolvição. Ou seja, o réu Jesus Cristo, é absolvido através da comprovação da sua inocência, por meio do plano da redenção.

TESTEMUNHAS

Quando uma pessoa é convocada para depor em um tribunal como testemunha em favor de uma causa, o seu testemunho pode tanto beneficiar como condenar, a vida do réu. No tribunal divino, não é diferente. Suas testemunhas são os que têm levado o nome de Cristãos.
Voltando nossa atenção para a parábola de Jesus Cristo contada na introdução desse artigo, quando os convidados estavam na festa do filho do rei, foi lhes dado uma roupa branca e, em meio a esses convidados, foi encontrado uma pessoa que não possuía a vestimenta. Como a maior parte dessa história é composta por simbologia, a roupa branca dada aos convidados simboliza a justiça de Deus a qual deve ser a veste de todo o quê se diz cristão. Não nos esquecendo de que a justiça de Deus é o alvo principal do tribunal divino, a conduta moral daqueles que se denominam cristãos deve refletir a sua profissão de fé; devem revelar por meio dos seus atos o caráter dAquele a quem escolheram seguir. A todo aquele que diz ser seguidor de Cristo, mas não revelam as vestes de justiça que Ele requer de todo cristão, não será aceito no reino de Deus, como foi o caso daquele convidado das bodas do filho do rei, que se encontrava sem as vestes núpciais.
As vestes representam a justiça de Deus. E todos os que aceitam o chamado para servi-Lo deve se revestir da mesma, para que Seu testemunho seja favorável ao réu inocente que é Jesus Cristo. Fossem as pessoas, declaradas Cristãs, estudiosas quanto aos assuntos da Bíblia, e não pereceriam por falta de conhecimento. Por falta de discernimento muitos tem trazido desonra a Deus em sua pretensa vida religiosa. Muitos pensam que nesse contexto do Grande Conflito, elas estão no banco dos réus, e todo processo que se segue é para beneficiá-las. Como se Deus estivesse exclusivamente ao seu serviço. Despreocupam-se com as atividades que devem exercer nesse tribunal. Tivessem elas o conhecimento de que Deus está assentado no banco dos réus, ficariam temerosas com o testemunho que tem dado dEle aos que são verdadeiramente ignorantes dessas verdades. Pela falta na sua conduta, muitos tem representado mal o caráter de Deus, contribuindo com as acusações satânicas. Por isso muitos fecham os ouvidos para a mensagem e se recusam abrir as portas de suas casas para os verdadeiros portadores da mensagem. Por causa do mau testemunho que outros têm dado, muitos sinceros aderem aos argumentos de Satanás, de que Deus é tirano, opressor e arbitrário.

domingo, 6 de novembro de 2011

Medo

Medo de amar? – Isso não deveria existir. Então porque existe?
Percebi que ninguém quer viver só. Todos reclamam por causa da solidão e por causa da ausência de alguém para amar. Mas quando esse alguém chega, a dificuldade de dizer “eu te amo” é muito grande. Gera uma insegurança desnecessária. O medo de amar é tão absurdo quanto a falta do amor.
O amor não é possessão, mas um ato de doação voluntária. Dizem que não se tem domínio sobre o coração. Eu discordo. Só  podemos  amar quem escolhemos como alvo do nosso amor. Esse sentimento parte de uma decisão voluntária de cada um de nós. O próprio Deus, que tem poder sobre toda criatura, não obriga ninguém a amá-Lo. Pois Ele deseja de cada pessoa, um serviço de amor que brote de uma apreciação do Seu caráter. Uma decisão espontânea, voluntária e não forçada. Talvez você possa pensar “Mas Jesus chorou sobre Jerusalém porque Seu amor havia sido rejeitado pelo próprio povo a quem viera salvar”. Eis a infinita diferença entre a mágoa de Cristo e a nossa mágoa. Cristo chorou, porque ao rejeitarem-No, o povo de Israel traria graves consequências sobre si mesmo. Cristo contemplou diante de si o futuro tenebroso de Seu povo e sentiu grande angústia pelos sofrimentos que o Seu povo teria que passar como consequência de sua apostasia (Mateus 23: 37 e 38).
Nós, no entanto, sofremos a rejeição porque consideramos que a frustração traga dolorosas consequências sobre nós mesmos. Isso é egoísmo. E é essa a grande diferença entre os sentimentos de Cristo e o nosso. Enquanto que, o que permeava a mágoa de Cristo era uma preocupação abnegada e altruísta o que permeia a nossa mágoa é uma preocupação egocentrica.
O problema é que o medo de amar, é gerado por causa da dificuldade que temos em lidar com a rejeição. Se aprendessemos a  amar de forma abnegada e altruísta, então saberíamos lidar melhor com a frustração de não sermos correspondidos, e a dor teria seu alívio na conformidade e contentamento. Veríamos na “rejeição” uma oportunidade e não uma perda. Aprenderíamos a esperar tudo ou nada de quem amamos evitando dessa forma a decepção e a surpresa.
O medo que precede o amor é, na realidade, um receio de que a alto estima de quem ama seja afetada. Tal medo compromete qualquer possibilidade de ser feliz e é pela lógica desse raciocínio que o maior medo deveria ser o de não amar.
O amor é um ato de doação voluntária, altruíta e abnegada, onde a pessoa se doa de todas as formas possíveis para a felicidade de alguém.  Sendo assim, a felicidade é puramente natural quando vivemos para servir, visto que, de acordo com a ciência, o cérebro produz maior sensação de prazer quando realizamos doações do que quando as recebemos. É dessa forma que entendemos o porque que o medo de amar não faz sentido. Fica fácil entender também, o porque Cristo diz: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”.

sábado, 29 de outubro de 2011

A Profecia das quatro grandes monarquias


Antes de me tornar Adventista do Sétimo Dia, sempre duvidei do conteúdo da Escritura Sagrada por ter sido ela escrita por homens tão falhos quanto qualquer outro; porém, depois de me aplicar ao conhecimento, principalmente das profecias, cheguei a conclusão que, jamais o seu conteúdo poderia partir das imaginações da mente humana. Não existe nenhuma contradição em todas as informações contidas nela. O que existe, sempre, são interpretações equivocadas.
Eu defendo a idéia de que para acreditar na Bíblia é preciso fé independente das provas; até porque, principalmente em nossos dias, existem muitas evidências que comprovam as escrituras sagradas e, no entanto, muitos não acreditam. As profecias, por exemplo, tem a sua comprovação em fatos que ocorreram na história e que foram previstos muitos anos antes de acontecerem. A própria história possui as digitais de Deus, basta pesquisar os eventos que tomaram lugar no tempo, e compará-las com o que foi revelado. Com o objetivo de dispor o conhecimento desse assunto, abordarei nesse artigo, uma profecia dada, por parte de Deus a Daniel, através de um sonho curioso do Rei Nabucodonosor.

Há muitos anos, quando o povo de Israel havia se apostatado dos caminhos de Jeová, o profeta Jeremias recebera de Deus a revelação de que os judeus seriam levados cativos, como escravos, pelo reino Babilônico. No tempo do cumprimento da profecia, Daniel havia sido levado juntamente com o povo de Israel. Quando Nabucodonosor, rei da Babilônia, estava no segundo ano do seu reinado, teve um sonho que o deixou de cabelo em pé. De acordo com o que está escrito no livro de Daniel 2: 1-13, uma grande comoção tivera o seu lugar com o decreto de morte de todos os sábios do reino Babilônico, pois o rei havia esquecido o sonho e exigia que os mesmos dissessem com o que ele havia sonhado e dessem a sua interpretação. Dizia o rei: ”Tive um sonho e para sabê-lo está perturbado o meu espírito... Esta minha palavra é irrevogável se não fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas um monturo; mas se vós me declarardes o sonho e a sua interpretação, recebereis de mim dádivas, recompensas e grande honra. Portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação”. Daniel 2: 3, 5 e 6. O pedido do rei caiu como uma bomba aos ouvidos dos súditos, afinal quem poderia adivinhar qual o sonho que o rei tivera e dar a interpretação do mesmo?

Tudo conta com a providência divina. Conquanto o povo de Israel estava na Babilônia vivendo como escravos por causa da sua apostasia, Deus não os havia abandonado. Esse era o meio pelo qual Deus abençoaria o Seu povo, concederia uma grande oportunidade a Daniel e através do Sonho, que o próprio Deus tinha dado a Nabucodonosor, revelaria os acontecimentos históricos que discorreriam pelos séculos até os dias de hoje.

Quando o decreto de morte saiu, entre os sábios do reino encontrava-se o próprio Daniel; ou seja, Daniel também deveria morrer. No ato da execução dos sábios, Daniel se coloca a disposição do rei para revelar o sonho e a sua interpretação. Veja Daniel 2:14 – “Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de Babilônia; ... Porque é o decreto do rei tão urgente? Então Arioque explicou o caso a Daniel. Ao que se apresentou ao rei e pediu que lhe designasse o prazo, para que desse ao rei a interpretação”. Daniel 2:13-16.

A revelação do Sonho e a sua interpretação


Nas profecias da Bíblia, 90% do seu conteúdo não se entende de maneira literal, mas sim através de simbologias. O próprio Jesus Cristo aplicou Seus ensinos por meio de parábolas; pois, era a Sua didática que o povo pudesse compreender tais ensinos através de elementos que faziam parte do seu contexto de vida. O livro de Daniel, além de histórico é também profético, com uma grande quantidade do seu conteúdo sendo simbólico e não literal. Após orar, juntamente com os seus três amigos, Daniel recebeu da parte de Deus a revelação do sonho que o rei tivera (Daniel 2:17-19). O sonho era na realidade uma alegoria através da qual Jeová revelaria os eventos futuros desde o império Babilônico até a volta de Cristo Jesus.

Ø     A Descrição da Estátua:

No discorrer dos versículos 31 ao 35 de Daniel 2, o profeta descreve uma enorme estátua e de aparência terrível:
 “Tu ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua. Esta estátua, imensa e de excelente esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça era de ouro fino; o peito e os braços de prata; o ventre e as coxas de bronze; as pernas de ferro; e os pés em parte de ferro e em parte de barro”. Daniel 2:31-35.
Ao lermos tal relato sem a devida atenção e sem um estudo aprofundado, vamos pensar que o sonho do rei Nabucodonosor não tem grande valor, afinal de contas é apenas uma enorme estátua e de aparência terrível. Para o rei que estava ouvindo a descrição de Daniel quanto o sonho que ele mesmo tivera, houve com certeza grande perplexidade por parte do Monarca; tanto que o próprio rei reconheceu na vida de Daniel a presença de um Ser absoluto e onisciente. Que é capaz de perscrutar a mente humana; porém, nos dias de hoje, se nós contássemos apenas com a descrição da estátua, não haveria informações suficiente para montarmos um quebra cabeças e chagarmos a conclusão da existência de eventos ocorridos ao longo da história desse mundo. A interpretação dada por Deus a Daniel, é que nos garante a sua veracidade, pois a simbologia apresentada por meio dessa estátua, descreve acontecimentos que já tiveram o seu lugar na história universal, desde o império Babilônico até os dias atuais. Esses acontecimentos, os quais ocorreram com pontualidade, nos dão a certeza de que os eventos futuros, declarados pelas profecias de Daniel e Apocalipse, terão seu cumprimento também.

Ø     A interpretação do Sonho


“Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua interpretação. Tu ó rei, és rei de reis, a quem o Deus do Céu tem dado o reino, o poder, a força e a glória;... tu és a cabeça de ouro”. Daniel 2:38. Em todas as histórias sucessivas, não houve reino tão forte, glorioso e esplendoroso como o reino Babilônico, daí então ele ser representado pelo ouro. O fato desse reino ser a cabeça é porque a interpretação deveria corresponder à ordem cronológica com que os reinos teriam o seu espaço na história universal. Sendo a Babilônia o primeiro reino da profecia, a mesma, tanto por causa do seu poder quanto pela ordem cronológica deveria ser a cabeça. Seguindo essa ordem, os próximos reinos seriam representados pelo Peito de Prata, Quadril e Coxas de Bronze e as Pernas de Ferro... cada uma dessas divisões correspondendo a um reino específico.

“Depois disso se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra”. Daniel 2:38. O segundo reino, Média-Persia, era de fato, como está escrito no versículo, o reino inferior à Babilônia e era representado pelo peito de prata da estátua. Exatamente, como a prata é inferior ao ouro, o reino que sucederia a Babilônia deveria ser de natureza inferior. Os Medos-Persas correspondem a essa característica da profecia. O terceiro reino que viria sucessivamente aos Medos-Persas é a Grécia, simbolizada pelo quadril e coxas de bronze da estátua. E Seguindo a ordem dos fatos, o quarto reino, sucessivo à Grécia, é Roma o qual é simbolizado pelas pernas de ferro da estátua. O ferro foi dado como a característica de Roma, porque assim como o ferro a tudo esmiúça, assim também seria com esse reino, o qual com grande poder esmiuçou a muitos que encontrava pela sua frente a fim de expandir o seu reino: “E haverá um quarto reino, forte como o ferro, porquanto esmiúça e quebra tudo; como o ferro quebra todas as coisas, assim ele quebrantará e esmiuçará". Daniel 2: 40.

Outra simbologia presente nesse sonho do rei Nabucodonosor é os pés da estátua serem em parte de ferro e em parte de barro. Essa ilustração representa o enfraquecimento do poder romano, o qual seria marcado pela sua divisão em 10 reinos que hoje constituem os países da Europa. Esses eram os Ostrogodos, Visigodos, Francos, Vândalos, Suevos, Alamanos, Anglo-Saxões, Hérulos, Lombardos e Burgundios. A mistura do barro com o ferro simboliza o enfraquecimento do poder romano e os dedos da estátua representam as suas dez divisões.

Desde o início desse artigo foi dito que os eventos ocorridos ao longo da história comprovam a veracidade das profecias, especificamente em relação à profecia dada através do sonho do rei Nabucodonosor, e ao mesmo tempo nos garantem os acontecimentos futuros. Mas quais são esses acontecimentos futuros?

Um dos fatos ocorridos no sonho do rei é uma pedra sendo cortada sem auxílio de mãos e lançada aos pés da estátua esmiuçando-a por inteira (Daniel 2:34 e 35). Esse evento Daniel atribuiu à volta de Jesus Cristo e o estabelecimento do Seu reino eterno. Como a estátua por inteira, com as suas divisões representam os reinos desse mundo, a sua destruição por meio da pedra lançada aos seus pés, mostra que os reinos anteriores ao de Jesus Cristo são temporais. Têm os seus dias contados; porém, o reino de Cristo prevalece sobre todos.
“Mas nos dias desses reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; nem passará a soberania deste reino a outro povo; mas esmiuçará todos esses reinos, e subsistirá para sempre. Porquanto viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que há de suceder no futuro. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação”. Daniel 2:44 e 45.

Não existe forma de contestar. Cada descrição e cada ponto e virgula da interpretação desse sonho se comprova por meio dos eventos ocorridos na história. Isso não me aterroriza diante de tantas coisas ruins que estão acontecendo e que vão acontecer. Enquanto muitos têm esperança que o mundo melhore, o que as profecias nos revela é que, até a volta de Cristo toda forma de males vai aumentar com assustadora freqüência; porém, a minha esperança está em Cristo. Pois a Sua promessa revela o amor que Ele tem pela humanidade. Sua palavra de advertência a um mundo rebelde é uma carta de amor convidando o pecador ao arrependimento, e colocando a disposição do pecador arrependido a oportunidade de se preparar para um mundo melhor. Não é esse mundo melhor preparado por mãos humanas como muitos esperam, mas sim pelas mãos divinas.

“Não se turbe o vosso coração; crede em Deus crede também em mim. Na casa de meu Pai tem muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou prepara-los lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”. João 14: 1 – 3.





domingo, 9 de outubro de 2011

Profecias

O que é corrente profética?


Minha mente sempre foi direcionada para assuntos que não são fáceis de explicar, ou que são sobrenaturais e metafísicos. Quando a palavra profecias era proferida em minha casa, logo ficava perplexa e com os ouvidos atentos para o conhecimento de algo novo. Meu pai, nas conversas familiares, costumava a falar sobre uma das previsões de Nostradamos, que alertava sobre o final do mundo no ano de 2000. Eu ficava impressionada com o assunto e ao mesmo tempo tomada de preocupação. Eu pensava contando nos dedos: “Como assim? O mundo vai acabar em 2000? Tenho muito pouco tempo para viver, terei 18 anos quando a profecia se cumprir”. Passei muitos anos da minha vida contando os dias da minha morte.
Em 1999, não me lembro bem o dia, eu tive um pesadelo. Sonhei que estava no alto de um edifício, e vários prédios caíam uns sobre os outros. Olhei para o horizonte e vi o sol se quebrando ao meio, virando uma cuia e vindo na direção da terra. Senti-me agoniada, pois o sonho era muito real. Pois bem, passamos o ano de 2000 e o mundo continua existindo. Atualmente outra previsão tem deixado a humanidade inquieta com a expectativa de terríveis eventos catastróficos previstos pelo calendário Maia, os quais deverão ocorrer com o alinhamento dos planetas em 2012. Será que esses eventos vão acontecer mesmo?
Na época em que acreditava nas previsões de Nostradamos eu não tinha o conhecimento bíblico que tenho hoje. Quando recebi estudos sobre teologia em minha casa e tive a oportunidade de aprender as previsões de acontecimentos futuros dadas por Deus através dos homens da Bíblia, fiquei ainda mais interessada no assunto devido à veracidade do que li, estar em perfeita harmonia e se encaixar com fatos que já tiveram o seu lugar na história desse mundo. A minha definição da verdadeira profecia, é que a mesma é um ponteiro do relógio divino a pontuar a hora em que o mundo está vivendo. Os acontecimentos passados, que foram previamente profetizados, aconteceram sucessivamente às previsões. E esses acontecimentos, juntamente com os eventos que tem o seu lugar nos dias de hoje, tão perfeitamente inerentes nas escrituras sagradas, nos dão a certeza de eventos que ainda estão para acontecer. Isso me leva a desacreditar nas premonições dos Maias; pois, as profecias das escrituras contradizem tais eventos.
Deus trabalha de uma forma tão perfeita e sincronizada com as Suas profecias, que não existe a menor possibilidade de encontrar contradição em Sua palavra. Diz Isaías 42:9 “Eis que as primeiras predições já se cumpriram, e novas coisas vos anuncio; e, antes que sucedam, e vo-las farei ouvir ”; ou seja, as profecias da Bíblia possuem uma estrutura na forma de uma corrente, interligando elos em que cada elo é um determinado período profético. Os períodos discorrem uns ligados aos outros, seguindo uma ordem cronológica, constituindo uma grande corrente no tempo, até alcançar o período em que nos encontramos. Deus anuncia o acontecimento futuro ao profeta que vai proclamá-la ao povo, e quando a profecia estiver para se cumprir Ele levanta um outro profeta – no tempo do cumprimento da profecia - para confirma-la e ao mesmo tempo lançar a previsão de outro fato que deverá acontecer após a profecia anteriormente proclamada e é essa forma sincronizada constituída por elos, através de uma corrente de fatos que já aconteceram e que estão acontecendo, que podemos ter a certeza de outros fatos que ainda estão para acontecer. Essa estrutura perfeita, nem Nostradamos e nem os Maias oferecem em suas previsões.
Isaías foi um profeta que viveu, cerca de 750 anos antes de Cristo. O seu livro está cheio de referências sobre a vinda do Messias. O capítulo 53 do livro de Isaías é um dos mais famosos entre todos os cristãos e fala exatamente do sofrimento que Jesus passaria em prol da humanidade. Seguindo o conceito da corrente profética, onde Deus levanta um profeta para confirmar a profecia anunciada muitos anos atrás e lançar luz para o futuro; João Batista foi o profeta que Deus levantou, para confirmar, o cumprimento da profecia de Isaías em relação ao ministério, morte e ressurreição de Jesus Cristo. A missão de João Batista, também, havia sido escrita no livro do profeta Isaías: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor: endireitai no ermo vereda a nosso Deus”. Isaías 40:3. “Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos Céus. Porque este é referido por intermédio de Isaías: voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas ”. Mateus 3:1-3.

Além de confirmar a profecia dada por Isaías sobre Jesus, João Batista também confirmou outras referências do passado, dadas por orientação divina aos homens. As cerimônias realizadas no Santuário terrestre, no tempo de Moisés e posteriormente realizadas no templo de Salomão, as quais envolvia o sacrifício de cordeiros, apontavam para o ministério de Jesus Cristo. Ao ver Jesus no Rio Jordão, João Batista disse “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Essa era uma confirmação à referência da cerimônia sacrifical dos cordeiros no templo. Cristo era o cordeiro inocente e perfeito, que seria entregue pelos pecados da humanidade e que até então havia sido prefigurado pelas cerimônias de sacrifício no santuário dos judeus.

Outra profecia é a previsão dada pelo profeta Joel ao evento do pentecostes. O grande derramamento do Espírito Santo sem medidas sobre os discípulos de Jesus, que proclamariam com intrepidez o evangelho anunciando os eventos futuros até o segundo advento do Messias.

“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, e vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” Joel 2:28 e 29.

Anos depois confirmada pelo Senhor Jesus Cristo:

“Mas aquele Consolador, O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. João 14:26.

Posteriormente o cumprimento:

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria, até os confins da terra”. Atos 1:8.




"E cumprindo o pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar, e de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados... e todos foram cheios do Espírito Santo...”. Atos 2:1, 2 e 4

Foi após o Pentecostes que os discípulos, sob a influência do Santo Espírito de Deus, proclamaram com intrepidez o evangelho. No mundo todo, não existe nome mais famoso que o de Jesus Cristo, e a Bíblia continua sendo o livro mais vendido em quase todas as nações. E isso se deve a atuação poderosa sob a qual estavam os discípulos desde os tempos do pentecostes até os dias de hoje. Esse é o cumprimento da profecia de Jesus, de que os Seus discípulos seriam as Suas testemunhas nos quatro cantos da terra.

Para a credibilidade nas profecias, existem eventos que se interligam em períodos sucessivos confirmando um ao outro. O fato de que não existe nenhuma contradição em seus relatos, tendo sido passados por muitos séculos sem serem obliterados, é porque Deus está no controle de todas as coisas. Somente Deus é onisciente. Somente Ele pode prever com absoluta certeza o que vai acontecer no futuro. O cumprimento pontual de todos esses eventos, ao longo da história mundial, não poderia ser anunciada como sendo de origem humana, sem que houvesse contradições. Nostradamos errou, e com certeza a profecia Maia vai falhar também, e quem quiser tomar conhecimento do que verdadeiramente está reservado para esse mundo, basta pesquisar nas escrituras e não faltarão evidências de que as mesmas são verdadeiras. Eu trouxe apenas alguns exemplos nas escrituras de eventos que estão ligados na linha do tempo, através dos elos na corrente profética. Esse, no entanto, é apenas o princípio de muitas outras evidências que estarei abordando em meu blog. Existem muitas referências, ainda, que surpreenderão;e quem quer que esteja na expectativa de muitos eventos catastróficos previstos pelo calendário Maia, poderão ver que nada disso faz sentido quando comparados com o que foi revelado por meio das Escrituras Sagradas.



domingo, 11 de setembro de 2011

A Genética e o Dilúvio



Para muitas pessoas, é difícil acreditar em histórias, como a criação de Adão e Eva, o dilúvio, a travessia do povo de Israel pelo mar vermelho, o profeta que foi engolido por um grande peixe e entre outras. Essas e muitas outras histórias da Bíblia são alvos de constantes questionamentos por parte de quem acredita, ser esses fatos, um apelo a mentes incultas.
Acreditar nestes relatos, na realidade exige fé. De acordo com as escrituras sagradas, “Fé é o firme fundamento de coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêm”. Heb. 11:1. Para Tomé, que precisava de uma prova de que seu Mestre havia de fato ressuscitado Jesus disse: “Bem aventurados os que não viram e creram”. Jo. 20:29. Se bem que os testemunhos dos discípulos fossem evidências suficientes para que Tomé cresse, acreditar que Jesus ressurgiu dos mortos exigia fé independente de provas. “Se todos exigissem a mesma prova, ninguém hoje receberia a Jesus, nem creria em Sua ressurreição. Mas foi a vontade de Deus que a notícia dos discípulos fosse recebida por aqueles mesmos que não podiam ver e ouvir o Salvador ressuscitado”. História da Redenção pág. 236; ou seja, creriam pela fé e não pelo apelo lógico à razão. 
Muitos que foram testemunhas oculares dos milagres de Jesus, embora convencidos de que Ele era o Messias tão aguardado e anunciado pelos profetas do antigo testamento, não depositaram a fé nEle; e eram pessoas que tinham conhecimento das escrituras. O Conhecimento com a fé é válido; porém, a fé é única que não pode se ausentar. O conhecimento sem fé de nada tem proveito, mas a fé, mesmo sem o conhecimento, opera pelo amor e purifica a alma.
Conheci muitas pessoas que tinham limitações de compreensão sobre determinados assuntos da Bíblia e, no entanto, aceitavam a verdade tal qual ela era simplesmente por fé.
Muitos que questionam as histórias da Bíblia por não encontrarem nelas provas de que as mesmas aconteceram, acreditam também, em outras idéias que não são cientificamente comprovadas. Como por exemplo, cristais, horóscopo, gnomos, imagens de esculturas, extras terrestres, e muitos outros. Tudo isso também é fé.
Outro exemplo, que envolve acreditar em conceitos não comprovados cientificamente, é a teoria da evolução das espécies. Nunca houve qualquer prova científica que garante que tal teoria seja verdadeira, mas existe quem defende com unhas e dentes a idéia. Acreditar em tal teoria exige muito mais fé do que acreditar na criação; pois para a ultima existem evidências para sustenta-la. O criacionismo só não deixou de ser ainda uma teoria, por causa do orgulho e presunção de muitos cientistas, mas já existem movimentos que, por meio de fatos cientificamente comprovados, defendem a idéia da existência de um criador absoluto por trás de toda forma de existência.
Embora o cristão não necessita de provas e sim da fé, como fundamento do que acredita, as evidências existem sim, e falam por si mesmas. Uma das que quero tratar nesse artigo é a veracidade do dilúvio. Não vou abordar sobre as expedições que foram enviadas ao Monte Ararat, as quais conseguiram entrar na arca e realizar a mensuração do complexo. Vou abordar algo ainda mais interessante e que está relacionado com a nossa estrutura genética. Afinal, pode ter alguma relação entre o dilúvio e a genética humana?
Há mais ou menos 5 anos, assisti um documentário na TV cultura que falava sobre o super vulcão YellowStone nos EUA. No documentário foi apresentada uma pesquisa feita sobre uma organela da nossa célula, chamada mitocôndria. De acordo com os cientistas que realizaram a pesquisa, o DNA mitocondrial, em 6477 bilhões de habitantes na terra, é muito semelhante. Levantou-se uma dúvida sobre o que poderia ter causado essa similaridade. Como o documentário abordava questões geológicas sobre os supervulcões existentes no mundo, apresentar a pesquisa sobre a genética mitocondrial foi interessante porque os cientistas chegaram a conclusão de que houve um evento catastrófico, em algum momento da história desse mundo, que dizimou um grande número da população mundial, resultando assim na diminuição da variedade do DNA da mitocôndria. Daí então os cientistas atribuírem esse fenômeno a uma suposta erupção vulcânica ocorrida na Grécia.

Tenho uma outra perspectiva desse fenômeno. Os cientistas acertaram na causa, mas erraram o evento, o período e o número de sobreviventes. Toda a humanidade, homens e mulheres, são possuidores da organela mitocôndria; no entanto, essa é uma herança de mães para filhos. Embora os homens também tenham, ela não é uma herança paternal. O afunilamento da humanidade ocasionada por um evento destrutivo resultou em uma diminuição drástica no número de mulheres sobreviventes ao evento. Com um número reduzido de mulheres diminuiu-se, também, a variedade do DNA mitocondrial passado para os seus filhos. Com a erupção do super vulcão na Grécia, existiriam, ainda, 5 milhões de sobreviventes, entre os quais, um número menor de mulheres. Ainda assim, haveria uma grande variedade no DNA mitocondrial; ou seja, o funil é ainda mais estreito, o evento é de proporções maiores e o número de sobrevivente é ainda menor. Aplicando essa descoberta à ocorrência do dilúvio, o número de sobreviventes cai para apenas oito – a família de Noé - entre os quais encontram-se 4 mulheres. A similaridade do DNA mitocondrial da humanidade, se deve ao fato de que apenas três mulheres sobreviventes ao dilúvio tiveram filhos. Quanto ao período, percebe-se, pela estrutura do DNA, que a redução da humanidade não é um fato de muitos milhões de anos. Na realidade, esse estrangulamento se mostra ser um fato muito mais recente do que uma provável erupção do supervulcão grego, provando que nós somos muito mais novos do que a ciência até então tinha previsto. A ocorrência do dilúvio se deu há mais ou menos 5 mil anos e percebe-se esse fato por meio da estrutura mitocondrial, apontando para um recente estrangulamento da população mundial resultando na similaridade do seu DNA.

Pois bem, como já foi abordado nesse artigo, não necessitamos de provas de qualquer espécie para acreditarmos nas histórias da Bíblia, pois a “fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção das que não se podem ver”. No entanto elas existem e falam por si mesmas. Ter o conhecimento delas, no entanto, não é, necessariamente, o que vai fazer alguém mudar de idéia quanto ao que acreditamos. A fé vem pelo ouvir e o ouvir da palavra de Deus. Mas é preciso decidir pelo sim ou pelo não. Acreditar ou discordar é um direito de todos. A lei do livre arbítrio é tão sagrada quanto o próprio Deus; pois, Ele deseja de todos um serviço voluntário de amor, que brote de uma apreciação do Seu caráter.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Porque toda mulher precisa de um Super Homem

Super homem; tudo o que elas querem ter é
 tudo o que eles precisam ser
By Samuel Davi Nascimento

Independente de qualquer cunho religioso, homens e mulheres se complementam nos vários aspectos da vida. Não vem ao caso dizer quem é o mais “forte”, o mais importante ou aquele que manda na relação; mas, precisamos pontuar o que aproxima homens e mulheres. Porque homens e mulheres se procuram mutuamente? Colocando os pingos nos i(s), a partir das várias horas, anos, séculos e milênios de observação, concluímos, e a própria biologia confirma, que as mulheres são pessoas completas. Toda sua estrutura física tem uma utilidade independente da estética, o que não é uma realidade masculina. Sendo assim, qual seria o sexo frágil, se a mulher é mais completa em todos os aspectos?

É muito comum a mulher assumir o papel do homem na sua ausência. Quantos conhecem um homem que cuidou dos filhos sozinho na ausência da esposa? O número de homens nessas condições é muito inferior ao número de mulheres. A mulher sublima a ausência do marido ou pai de seus filhos vivendo inteiramente para cuidar da sua prole sem nunca priorizar um novo relacionamento. Conhecemos casos que a mãe se privou de todo e qualquer relacionamento até o fim da sua vida. Uma possibilidade remota, em relação ao homem. Um novo casamento é uma situação corriqueira nos exemplos masculinos que encontramos. A mulher é capaz de trabalhar fora de casa, procurando seu sustento e da sua família; é capaz de trabalhar num segundo turno dentro de casa e ainda arruma tempo para estudar, cuidar de si, acordar os filhos para ir à escola, fazer super mercado e todas as tarefas que precisam ser feitas de forma concorrente. O homem não se vê nessa situação. É claro que existem casos pontuais, mas essas são exceções e não a regra. Se o homem, com filhos para criar, se envolve em outro relacionamento e a mulher, de alguma forma não se ajusta ou mesmo não gosta dos enteados é mais fácil para o homem dispensar os filhos do que a nova companheira. Ou os filhos se adaptam a ela, ou não há lugar para eles em sua própria casa. Isso é uma impossibilidade em se tratando de uma mulher e seus filhos, ela não pensa duas vezes em romper o relacionamento; mas, jamais colocaria um filho seu em segundo plano, evidentemente existem casos pontuais.

Afinal, tendo a mulher esse perfil, perguntamos – Qual é o sexo frágil?  E porque a mulher precisa de um homem se ela é mais completa?
O sexo frágil é aquele de maior dependência. Em outras palavras, o sexo forte é o mais independente, é o mais autônomo. Mesmo sendo uma afirmação difícil, concluímos que a mulher é o sexo forte e que o homem, diferentemente do que nos ensinaram, é o sexo frágil. É mais comum encontrarmos viúvas do que viúvos. O homem, biologicamente falando, vive menos, mas não queremos entrar no aspecto sociológico. O fato é que, a mulher tem maior resistência física. E o homem, qual é a única coisa que ele tem superior a mulher? - Não precisamos nem pensar muito; a força física é a única superioridade masculina em relação à mulher. E em relação a isso as mulheres assumem essa inferioridade. Não há motivo de discussão. O homem é mais forte fisicamente que a mulher e ponto. Nunca encontrei uma mulher que levantasse qualquer dúvida em relação a este assunto. Muito pelo contrário, é exatamente a força física masculina que faz com que a mulher necessite de um homem. Ela prefere se submeter a um, do que ter a sua integridade física desrespeitada por outros. Nesse aspecto a mulher, além de pensar em família num segundo momento, pensa primeiro no seu próprio bem estar. Eis o motivo pelo qual ela procura por um homem.
Considerando que a regra é encontrarmos um casal, sendo o homem mais alto do que a mulher, a escolha não parte do lado masculino. Então é ela quem escolhe. No relacionamento homem e mulher, o homem se apresenta e a mulher escolhe. A sua maior necessidade é de proteção e inconscientemente procura alguém capaz de garanti-la. Raramente irá procurar por alguém que lhe seja menor em estatura. Logo, um super homem para uma mulher é aquele que lhe dá proteção, e isso nos referimos a questão física. Mas a mulher visa o uso da força física do seu homem em relação aos outros. Ela quer ser tratada com carinho, eis o segundo motivo pelo qual a mulher necessita de um homem. Ela não vê a força física dele voltada contra si mesma, porque nesse aspecto ela tem enorme desvantagem. Estes dois aspectos, proteção e carinho, estão intimamente relacionados à figura da mulher. Em relação ao seu desejo natural voltada para a maternidade, onde a constituição da família a fragiliza, não em relação a si, mas em relação à sua prole, principalmente nos primeiros dias de um filho, ela vai necessitar de alguém que lhe dê segurança. A criança, em tudo é dependente da sua mãe. A mulher não se torna frágil pelo fato de ter dado a luz, muito pelo contrário, ela se torna ainda mais forte do que imaginava ser; a fragilidade não é dela e sim da sua cria. Neste momento o homem pra ela deve ser sinônimo de segurança, alguém capaz de constituir família e de mantê-la.
Concluindo, toda mulher necessita de um homem que lhe dê proteção, carinho e segurança. Um super homem para uma mulher é alguém capaz de lhe proporcionar essas três virtudes. Não pode faltar nenhuma das três, num relacionamento homem-mulher. Se faltar qualquer uma dessas o relacionamento não se sustenta. O homem com H maiúsculo protege a sua mulher, lhe trata com carinho e garante a sua segurança. Isto pode ser feito de forma natural se tiver um ingrediente que é essencial em qualquer relacionamento: Amor. Quem ama protege.Quem ama não machuca. Quem ama cuida. 

O Mito da Caverna



O limite da inteligência é a nossa própria ignorância voluntária


O mito da caverna é um diálogo metafórico de Sócrates e seus interlocutores Glauco e Adimanto, o qual fora escrito por Platão. Esta é uma alegoria através da qual entendemos a condição humana perante o mundo, no que diz respeito à importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância que, conforme a reflexão de Platão sobre seus contemporâneos, homens comuns, os prendia a suas crenças e superstições. Platão em seu tempo, através dessa parábola conseguiu identificar duas classes de pessoas, bem distintas e antagônicas entre si, existente no mundo. As que atualmente conhecemos como pessoas que trabalham idéias e as que trabalham fatos.

O processo da obtenção da consciência abrange dois domínios (eikasia e pístis) o domínio das coisas sensíveis, na qual encaixa-se, infelizmente a maioria das pessoas. São as que trabalham fatos, que vivem na ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens, as quais são mutáveis, corruptíveis, que não são funcionais e, por isso, não são objetos de desenvolvimento do intelecto. Para o filósofo(Platão), é no domínio das idéias (diánoia e nóesis) que encontramos a verdade do mundo real, na qual saímos da “caverna” e escalamos o muro à sua frente em busca do conhecimento real contribuindo para que possamos superar a superficialidade do entendimento de tudo quanto é objeto de ensino e contribui para a estruturação do saber filosófico e científico.

Volvemo-nos então dessa explicação para a alegoria por intermédio da qual entendemos esses conceitos.
No Diálogo é descrita uma caverna na qual encontrava-se, dentro dela,  pessoas acorrentadas umas as outras e de costas para a sua entrada. À frente da caverna havia um muro que a separava do mundo externo. Nela havia uma fresta por onde passava um feixe de luz. Através dessa fresta, eram refletidas ao fundo da caverna, as imagens de pessoas e objetos que passavam por ali. Essas imagens eram a única visão que as pessoas dentro da caverna conheciam sobre o mundo exterior, acreditando que as mesmas eram figuras reais, desconhecendo assim, as suas verdadeiras formas, cores e estrutura.

Conforme a metáfora, em um determinado momento, um dos prisioneiros quebra as suas correntes e sobe o muro passando para o mundo exterior. Por haver ficado, desde seu nascimento, dentro da caverna, sem conhecer a luz do mundo exterior, a mesma o cega por algum tempo, até que ele se acostuma com a visão do ambiente em que se encontra, e começa a ver então o mundo real que até então havia sido prefigurado pelas imagens refletidas no fundo da caverna; porém, com a dificuldade de identificá-las e associá-las com as imagens que dantes haviam sido seu alvo de contemplação, chegando até a pensar que essas sombras é que eram verdadeiras.


Se para o prisioneiro fugitivo, foi difícil contemplar o mundo exterior e aceitar a realidade comparando-as com as sombras projetadas no fundo da caverna, quanto mais seria para os que ali ficaram se ouvissem o relato do prisioneiro ao voltar para lá. Não seria surpresa se o mesmo fosse recebido com hostilidade, pois pode ser que esses, iriam preferir se encerrarem na ignorância do mundo ilusório em que até então se encontravam.

É aceitável concluirmos que individualmente temos limitações diferentes uns dos outros quanto a compreensão de uma mesma verdade. E é correto afirmar, que temos muitas formas diferentes de aprendermos um mesmo conceito; porém, o conceito em si (seja lá do que for) não se corrompe por formas equivocadas de interpretação. Podemos ter várias formas de reflexão, mas as mesmas devem ser direcionadas a essência do conceito no qual meditamos. No entanto, o que mais deve ser enfatizado, com a alegoria da caverna, é o fato de que a mente tem a capacidade de dilatar-se com a complexidade das coisas com as quais nos envolvemos ou definhar-se ao ser aplicada em fatos que não contribuem para o desenvolvimento do intelecto; isso é, viver encerrado dentro de uma caverna.

Na alegoria da caverna, podemos ter essa percepção do pensamento de Platão quanto a essa conclusão. Mentes medianas comprovam a teoria, de que a mente também definha, quando nos envolvemos com os “fatos” corriqueiros do mundo medíocre que nos rodeia, o importante é não nos sentenciar a escravidão da “caverna”. A princípio a informação sobre a qual devemos pensar, pode nos parecer confuso e embaralhado, nesse momento é que percebemos a complexidade do conteúdo; porém, ao habituarmos a mente em demorar-nos na reflexão, o que antes parecia confuso e embaralhado passa a se organizar, começando assim a estruturação do saber e do entendimento, até que a mente se familiariza com o conteúdo deixando de ser uma novidade para o que se demora em entender o conceito no qual se aplicou, podendo assim, partir para novos horizontes em busca de novas descobertas.

Devo ressaltar que o objetivo desse artigo não é traçar uma linha divisória entre as duas classes de pessoas, descriminando-as como sendo umas inferiores às outras. De forma alguma. Até porque toda humanidade recebeu de Deus o maravilhoso talento no qual estrutura-se o princípio do pensamento – A inteligência. O que quero expor nessa reflexão é a importância da busca pela obtenção do conhecimento de tudo o que nos envolve como ser humano com o objetivo de superar a superficialidade e a ignorância. Pois a verdadeira educação consiste no desenvolvimento dos talentos e das faculdades que compõe a estrutura humana.

"Do justo emprego do tempo depende nosso êxito no conhecimento e cultura mental. A cultura do intelecto não precisa ser tolhida por pobreza, origem humilde ou circunstâncias desfavoráveis, contanto que se aproveitem os momentos. Alguns momentos aqui e outros ali, que poderiam ser dissipados em conversas inúteis; as horas matutinas tantas vezes desperdiçadas no leito; o tempo gasto em viagens de ônibus ou trem, ou em espera na estação; os minutos de espera pelas refeições, de espera pelos que são impontuais - se se tivesse um livro à mão, e esses retalhos de tempo fossem empregados estudando, lendo ou meditando, o que não poderia ser conseguido! O propósito resoluto, a aplicação persistente e cautelosa economia de tempo, habilitarão os homens para adquirirem conhecimento e disciplina mental que os qualificarão para quase qualquer posição de influência e utilidade". Parábolas de Jesus, págs. 343 e 344.

"O Senhor deu ao homem capacidade de contínuo desenvolvimento, e assegurou-lhe todo auxílio possível na obra. Pelas providências da graça divina, podemos atingir quase a excelência dos anjos. Nossa Alta Vocação". (Meditações Matinais, 1962), pág. 216.

sábado, 3 de setembro de 2011

Imensurável Amor



Eis que estava no Horto...
Não sei como era a temperatura, mas tudo estava frio...
Não sei como estava a lua ... mas a noite estava em trevas profundas.
Sua face era de puro sofrimento...
Sob o doloroso fardo que me oprime Ele estava...
Mistério que me conforta... eis que era o próprio Deus.
Amor que me abala... pelas dores que sentiu
Mistério de um amor infinito... quem poderá mensura-lo?
Deus... Tu és o motivo do meu louvor...
Como posso estar feliz com a humilhação que Tu sofreste?
Mas é exatamente a paz que tenho... Devo à Sua Paixão
Porque como sou a pior das pecadoras... Seu amor me exalta acima das estrelas do Céu
Porque a Sua vida, que é a fonte de tudo o que vive, foi o meu resgate...
Quão miserável sou e Tu me amas...

A profundidade e a intensidade do que sentistes ninguém é capaz de calcular e ninguém é capaz de suportar... no entanto, mesmo sendo Tu, divino encarnado em humano, foi o homem que venceu... Pode o homem comum também vencer? – Tu és a vitória de todo aquele que crê. Faze de mim também, a Sua perpétua vitória... Seja Seu nome honrado em mim... visto que isso é Seu direito e minha obrigação... porque me deste vontade própria e posso decidir te abandonar... mas Seu amor me constrange. - Porque muitos se endurecem?

Deus Filho, Amor Abnegado...
Tu és meu Príncipe... o que me dá paz!
Tu és Emanuel... o que habitas comigo!
Tu és Miguel... Aquele que me diz... Quem é como Deus... EU SOU o Seu Deus!
Tu és meu Rei... que impera sobre Seu reino o qual sou sua súdita...
Tu és Jesus Cristo... que no monte das oliveiras, soou gotas de sangue... a quem minha dor oprimiu... para curar-me e restaurar-me a Sua semelhança.
Tu és o Meu Pastor... que dá a vida pela Suas ovelhas. Dentre todas, a mais perdida sou eu.
Pois o que dizer da que se perdeu?... resgatada pelo Bom Pastor, foi a que com regozijo levaste para o rebanho.
Estavas revestido de glória nas mansões celestes e com misteriosa humilhação, desceste abaixo dos anjos do Céu. Como homem, viveu a vida mais simples, onde não se via nem beleza nem ostentação de riquezas. Vida pobre com diversas dificuldades... mas não deixou de revelar o brilho da Sua nobreza... que mente finita é capaz de louva-Lo a altura de Sua humildade?
Diante da indiferença, principalmente dos Seus próprios filhos, és um Deus magoado. Magoado sim, porque fizestes tudo; porque a Sua entrega envolvia todo o Universo em seu infinito sacrifício... e a retribuição tem sido a indiferença de muitos... por todos esses foi que Tu choraste sobre Israel. Mas a Sua longaniminidade em suporta-los é capaz de impressionar o coração mais vil.

Rei da Glória... como pode ter sido seu nome exaltado sobre o madeiro?
Deus Justo... como pode ter sido sua justiça exaltada, morrendo Tu como um condenado?

Naquela Cruz, eu deveria estar; mas Tu foste o meu substituto.
O madeiro me pertencia, e a Sua justiça me condenaria... Mas a mesma Justiça em Harmonia com a Sua Misericórdia me proporcionaram contemplar a Sua cruz que era a minha cruz. E quem pode dizer que Tu não és um Deus de amor?

Porque Tu és Santo
E todo joelho diante de Ti se dobrará
Não haverá duvidas para o fiel inquiridor
Pois que a resposta na Cruz foi dada
Deus é Justo, Deus é Misericórdia.
Em Jesus revela-se o Seu amor