quarta-feira, 27 de julho de 2011

Três lições sobre Adoração

Existem, pelo menos três grandes lições, a serem aprendidas sobre a adoração. Com certeza o assunto é muito mais abrangente do que nossa mente é capaz de assimilar de imediato; no entanto, esses três conceitos nos abrirão a mente para desbravarmos a diversidade no aprendizado desse assunto.
Primeiro é preciso conceituar a adoração.
A adoração é prestar culto; é direcionar todas as nossas afeições para um determinado alvo de adoração; é um estilo de vida; significa prestar homenagem, honra e glória para algo ou alguém. A adoração permeia todos os assuntos da vida de uma pessoa. O verso: Portanto, quer comais quer bebais, ou façais, qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus”. 1 Cor. 10:31, Não somente reivindica a adoração ao verdadeiro e único Deus como mostra que, a adoração, envolve todos os aspectos da vida do adorador.
Adoração não é escambo ou barganha.
Certa vez, assisti um testemunho, em que o orador agradecia a Deus por Ele ter curado seu pai de uma doença. Durante muitas vezes ele disse que Deus havia sido misericordioso em poupar a vida do pai. Mas eu pergunto, e se Deus tivesse permitido que a morte de um ente querido acontecesse, deixaria Ele de ser misericordioso? As nossas ações de louvor a Deus dependem apenas das benesses que Ele tem a nos oferecer?
Minha tia, uma vez, me deu o verdadeiro exemplo do que é dar honra e glória a Deus em qualquer situação. Havia ela ficado em coma no hospital durante quinze dias. Depois ela se recuperou, mas voltou para casa com uma parte dos dois pés amputados. Quando fui visitá-la para fortalece-la, acabei saindo de lá fortalecida. Ela me disse o seguinte: “Estou em paz Ju... Dou graças a Deus por estar viva, mas se eu morresse, ainda assim, honra e glória a Ele”.
Na Bíblia, temos o exemplo de Jó, que mesmo em situações terrivelmente probantes, em nenhum momento deixou de adorar a Deus.
Adoração não é toma lá da cá. Independente do que Deus tenha feito e ainda faz por nós, a adoração é pelo que Ele é, e não pelo que Ele faz.
Ele é Deus, Todo Poderoso, Altíssimo, Grandioso, Aquele que habita no Alto e Santo Lugar, mas que habita também com o abatido e contrito de coração.
O Plano da Redenção direciona a adoração para Deus, mas não é o motivo de adoramos a Ele; pois antes disso, nos tempos da eternidade, Ele já era adorado. Não adoramos a Deus por que Ele nos criou; mas por que Ele é O Criador.
Somos Adoradores por Natureza
Quando Deus criou o homem, deu a ele uma tríplice natureza, composta por corpo, mente e espírito. Cada parte que compõe essa triplicidade em nossa natureza, possui faculdades, talentos e leis. Por exemplo: “É lei, tanto da mente quanto do espírito que, pelo contemplar somos transformados”. Livro: O Grande Conflito – Essa é uma entre as leis pertencentes da mente e do espírito. Deus colocou, no espírito humano, em um lugar onde somente Ele (Deus) tem acesso, o desejo de adoração. Sendo assim, o homem é adorador por natureza. Não existe adoração falsa ou verdadeira, porque todos somos adoradores. A questão que envolve a adoração é, quem ou o que nós estamos adorando. A qualidade da adoração se mede pelo alvo de nossas afeições. Se dedicadas a Deus, é uma adoração genuína; se, a qualquer outra coisa ou pessoa, é idolatria. A adoração não passa a existir com a minha conversão. Ela existe desde quando eu nasci. Na minha conversão ela é direcionada para Deus.
Graças a Deus que a adoração está em uma parte de nós que não está acessível a outra criatura; senão, Satanás teria acesso  a ela  e com certeza tiraria do homem o desejo de adorar. Por não ter acesso a adoração, ele utiliza os seus métodos de engano para desviar a adoração para qualquer coisa ou qualquer pessoa e não a Deus.

De acordo com os livros O Desejado de Todas as Nações e Cristo Triunfante, as três tentações que Jesus sofreu no deserto são as principais e maiores tentações com que Satanás assedia os homens a desviar-se do foco de adoração. Foram as mesmas tentações usadas contra Adão e Eva, e o que estava por traz dessas tentações?
A proposta dada por Satanás: “Sereis como Deus...”, revela a intenção do inimigo de desviar o santo par de seu foco supremo de adoração. Ou seja, a questão sempre foi a mesma desde o início do Grande Conflito entre O Príncipe da Luz e o príncipe das trevas – A adoração.
As tentações tem como objetivo nos volver das reivindicações de obediência e serviço a Deus, para fazermos a nossa própria vontade, e isso significa dar a outra pessoa ou outra coisa o trono em nosso coração que deveria pertencer a Deus unicamente. E o inimigo de Deus sabe que, por meio do apetite, a ostentação e o amor pelo mundo ele pode conseguir, se a pessoa não estiver em comunhão constante com Deus.
Portanto, “Buscai primeiro o reino dos Céus e a Sua Justiça e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6:36.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Plano da Redenção

“Isto é o que oferecerás sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro... pela manhã e o outro, ao por do sol”. Ex 29:28, 39.
Deus havia determinado como seria o Santuário. Todo aparelhamento que formaria a estrutura do prédio; todos os móveis e utensílios usados nos cerimoniais, as vestes dos Sacerdotes e do Sumo-Sacerdote, exatamente tudo fora feito por instrução divina, inclusive, todo cerimonial realizado no santuário não procederia de idéias humanas.
Nada que Deus faz é sem um objetivo, sem uma causa. A estrutura do Santuário bem como todo o cerimonial realizado nele seria uma alegoria a ensinar lições constantes do Plano da Redenção. O sacrifício diário de animais conduziria o povo em todos os tempos a meditar no centro e base fundamental do Plano de redimir o homem da miséria que ele mesmo trouxera sobre si. Jesus Cristo, o CORDEIRO de Deus que tira o pecado do mundo era prefigurado na morte de cordeiros sacrificados diariamente no altar de holocausto. Através dessa cerimônia seriamos sempre conduzidos na adoração a Deus, em reconhecimento dos nossos pecados e gratidão por ter Deus provido um plano, por meio do qual nós, humanos, podemos obter perdão.
Quando Cristo verteu seu sangue na Cruz, o véu do templo, que separava o lugar santo do santíssimo rasgou-se de cima para baixo, a presença de Jeová, o Shekinah, que poderia consumir o pecador que estivesse no templo, não mais se encontrava sobre o propiciatório. Essa manifestação sobrenatural de mãos invisíveis rasgando o véu do templo, era uma revelação de que não mais seria necessária a realização dos rituais, pois o Cordeiro de Deus, prefigurado em tais cerimônias, era o cumprimento de todas essas coisas.
O sacrifício diário era para o povo uma lembrança contínua da promessa de Deus quanto à vinda de Cristo para salvar o que havia se extraviado. Não somente isso, mas deveria ensinar ao povo “Sua constante necessidade de Deus e a Dependência dEle para perdão e aceitação”.  Eram lições para os que viveram no tempo em que esses rituais eram realizados e é para nós mesmos nos nossos dias, visto que existem lições infinitas ensinadas por meio das obras feitas no santuário, e que as mesmas apontam para o ministério de Cristo no Santuário Celestial.
“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. Hebreus 9: 12 e 24.
A introdução do pecado por meio do arquienganador surgiu pelo desejo de exaltação própria, por cobiçar a honra e glória devidas unicamente a Deus. O que estava envolvido nas pretensões de Satanás, era o desejo de ser adorado, o que era uma prerrogativa divina. Era a criatura querendo ser adorado sendo que somente o criador deveria receber essa honra. Ao tentar o homem, o inimigo conseguiu fazer com que o mesmo desviasse o seu foco de adoração. Portanto, o plano da redenção, prefigurado nas vestes e no ofício dos Sacerdotes e Sumo-Sacerdotes, na estrutura e nas obras realizadas no Santuário, tinha como objetivo a revelação do caráter de Deus. Que tudo quanto seria feito no santuário terrestre, era um símbolo de todo ministério de Jesus em prol de reivindica r o sistema de governo divino e restaurar o caráter humano para que todos no universo não tivessem dúvidas de que deve ser Ele, Deus, o alvo de toda adoração. De acordo com o Livro Patriarcas e Profetas, existem quatro motivos pelo qual Deus colocou em prática o plano da redenção. E todo adorador do verdadeiro Deus, deve tê-los em mente continuamente.
1 . REVELAR O CARÁRTER DE DEUS
“Através do plano da redenção, cujo centro é o sacrifício de Jesus, o governo de Deus fica justificado”. O Desejado de Todas as Nações.
O inimigo até os dias de hoje utiliza-se da mesma artimanha usada no céu. O argumento não mudou em todos os séculos. Seus argumentos é que Deus seja tirano, opressor, ditador e arbitrário. Através do Plano da Redenção, mediante a morte ignominiosa de Seu amado Filho, Jeová revelaria a todos no universo o engano do arquienganador.
Poderia um ser tirano dar a vida por pessoas tão desvalidas como nós? Poderia esse amor infinito existir em um Ser que requer de Suas criaturas um serviço parcial, sem direito de escolhas? – O Sacrifício de Jesus é o ápice da revelação desse amor. Não forçaria de forma alguma a obediência da humanidade, mas colocaria em ação o plano por meio do qual Seu amor impressionaria a mente, mesmo da pessoa mais vil, dando a ela provas do amor divino. A regra continua sendo a mesma. A obediência deve partir de uma reflexão de todo amor de Deus sendo o resultado de um coração voluntário.
Ao aceitarmos a revelação desse amor em nossas vidas, nos comprometendo a viver em obediência aos Seus estatutos, pela fé no sacrifício de Cristo, nos é imputada a Sua Justiça. A alegação de Satanás, de que é impossível para nós seres humanos guardarmos a Lei, é deitada por terra, e mediante nosso testemunho o nome de Deus é exaltado. 
2 .  REDIMIR O HOMEM
Um dos argumentos de Satanás, contra Deus, é que, uma vez que o homem pecou, seria impossível que o mesmo pudesse se harmonizar com sistema de governo de Deus. O que o inimigo não contava, pois ninguém sabia, somente Deus, é que havia um plano por meio do qual o homem seria reconciliado com Senhor. Conquanto fosse verdade que, unicamente pela sua única força, o homem caído não conseguiria colocar-se em obediência aos mandamentos, Deus concederia, a todo pecador arrependido, poder para vencer a sua disposição natural para o mal.  Isso só seria possível mediante o sacrifício de Jesus.
“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Fil. 3: 13 e 14.
As palavras de Paulo relaciona-se com o aperfeiçoamento do caráter humano. Mediante a fé em Jesus, Deus reformaria aquilo que por séculos vem sido degradado pelo pecado – A Imagem e Semelhança de Deus em nós.
3. REIVINDICAR E RESTAURAR A TERRA.
 Deus sempre foi O Dono de todas as coisas. Foi Ele quem criou, portanto tudo é dEle. Quando fez o homem, dera o jardim do Éden para que o mesmo cultivasse. Conquanto fosse de Deus, o homem poderia desfrutar de tudo quanto Deus criara para seu deleite. Os filhos de Adão deveriam governar sobre a terra, sobre todos os animais e toda a natureza, mesmo sendo tudo isso pertencente a Jeová. Com a introdução do pecado pela escolha do homem, o cedro de governante, passou a ser usurpado pelo inimigo de Deus. O próprio Jesus Disse “porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim”. João 14:30. Deus continua sendo O Dono; porém, o nosso direito de governar foi passado, por nós mesmos, à Satanás. Mais uma vez se vê revelado o amor do Pai Eterno; pois que, pelo sacrifício de Jesus, a terra foi reivindicada. E quando Cristo restaurar a terra para habitação dos seus remidos, eis que aqui será o centro do universo, o trono de Jeová e governaremos com Ele.  O Seu povo habitará com Ele e Ele com o Seu povo. Não haverá mais pranto e nem dor e todos os mundos do universo virão a esse mundo onde Cristo foi Sacrificado, para adorar o Criador.
“Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão”. Isaías 65:17.
4 . DESTRUIR PECADO E PECADOR
Nesse ultimo verifica-se que não existe um tormento eterno onde pessoas que viveram uma vida impenitente são levadas para sofrer eternamente. No final dos tempos, que está muito próximo, Deus realizará uma obra estranha. Todos os que se recusaram a converter-se para Deus, terão uma ultima prova do Seu amor. Quando Ele descer do Céu, com a cidade santa e todos os remidos com Ele dentro dela, e firma-la sobre a terra, os ímpios de todos os tempos serão ressuscitados. Em seu estado de impiedade se reunirão para adentrar os portões da Nova Jerusalém, para toma-la a força. Quando estiverem próximos aos muros da cidade, Jesus mostrará para eles tudo quanto foi feito para a sua salvação. Não haverá escusas para a sua impenitência. Haviam rejeitado o amor manifestado na pessoa de Cristo escolhendo uma vida de erros e maldades. Convencidos do amor e do poder de Deus, todos, um a um se ajoelharão e adorarão a Jeová dizendo “Bendito é o que vem em nome do Senhor”; porém, pelo seu coração contaminado, reconhecerão que não estão aptos a viver na presença do Criador. Seria para os mesmos um tormento. Nesse instante fogo descerá dos Céus da parte de Deus consumindo-os, deixando de existir para sempre.
“Porque o Senhor se levantará como no monte Perazim, e se irará, como no vale de Gibeão, para fazer a sua obra, a sua estranha obra, e para executar o seu ato, o seu estranho ato”. Isaías 28:21. “E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou”. Apocalipse 20:9.
Adoramos a Deus não pelo que Ele faz; mas pelo que Ele é. Deus altíssimo, Senhor dos Exércitos, Rei dos reis e Príncipe da paz. Deus é o criador de todas as coisas. Tudo foi criado por Ele e para Ele; e nós, Seus servos, pertencemos a Ele tanto pela criação quanto pela redenção. Independente de qual seja a nossa situação, se boa ou ruim, honra e glória sejam dedicadas a Ele, pois Ele é Deus. Mesmo porque, nada do que aqui passarmos se compara a glória que nos foi proposta no futuro vindouro. Sejamos todos gratos a Deus pelo Seu amor. Quanto a adoração, seja ela dedicada ao Senhor porque Ele é Deus. Pois mesmo os ímpios, no dia de sua destruição, O Adorarão.     
  

terça-feira, 19 de julho de 2011

Alegria diante do Senhor

Sempre nos reunimos na igreja ou em nossos eventos dizendo que tudo quanto for feito em tais reuniões será objeto de adoração ao Senhor. Os hinos que serão tocados, as palavras que serão dirigidas, as orações. E embora reconheçamos que o momento de adoração a Deus não se resume apenas nos encontros da congregação em suas reuniões, mas se expande para todo ato de um individuo, percebe-se o quão longe dessa realidade muitos estão. Aquilo que é pregado na teoria não se vê pela prática. A profissão de fé ganha eloqüência quando ela é percebida em nossas ações. O amor a Deus se verá em nós pelo cultivo diário através de um relacionamento contínuo com Deus; Deus desenvolverá em nós o amor abnegado que nos moverá a ações de graças e louvor praticados em todas as decisões diárias. Exercer a oração, o estudo da Bíblia e da literatura de nossa igreja, cantar e pregar, e todas as atividades cristãs, como um ritual destituído de profundo interesse, resultarão em abandono da fé. Deus não quer de nós a formalidade de nossas ações, mas amor. Ele deseja que nossa adoração seja o resultado de uma fé que opera pelo amor e purifica a alma.
Embora a salvação seja pela graça mediante a fé, e não pelas obras para que ninguém se glorie; a fé, no entanto, resulta em obras que revelarão o alvo de nossa adoração.
Uma das muitas histórias que podem ser utilizadas como referência de como a Adoração a Deus vem de cada individuo e resulta em uma adoração coletiva perfeita quando estão reunidos em uma congregação, é a história da construção do tabernáculo. A construção do edifício não aconteceria miraculosamente, também não seriam utilizados recursos provenientes do comercio; mas o povo, mobilizado por um espírito voluntário realizaria as suas doações e participariam de forma ativa na construção do prédio. E isso para o desenvolvimento da fé, visto que a mesma resulta em obras através das quais damos testemunho do verdadeiro Deus que adoramos.
Não era simplesmente um edifício; mas seria a habitação do próprio Deus. Isso me faz lembrar o conceito de imanência e transcendência divinas.  Em Isaías 57:15 está escrito: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade, e cujo nome é Santo: Num alto e santo lugar habito; como também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos, e para vivificar o coração dos contritos”.  O conceito de Transcendência de Deus, é que Ele seja alto, distante, sublime, inalcançável, grandioso, poderoso. E o conceito de Imanência de Deus, é que Ele seja próximo, Deus conosco, amigo, Aquele que HABITA com o contrito e abatido de coração. Conquanto Deus seja poderoso, grandioso, inalcançável, Ele é também um Deus particular, íntimo, pessoal, alguém tocável. O anuncio do nascimento de Jesus veio com o Seu respectivo nome, Emanuel – Deus conosco.
Deus concedera ao povo de Israel, habitar no meio deles. O Deus todo poderoso, infinito em poder e que habita no Alto e Sublime lugar, estaria também, em uma habitação feita por mãos humanas. Esse era um privilégio que requeria dos mesmos um reconhecimento a altura. Deus fez criaturas inteligentes para que mediante a reflexão do Seu amor, prestassem a Ele um serviço voluntário, de gratidão, que resultasse numa adoração de livre e espontânea vontade; todavia, o reconhecimento desse amor deveria superar infinitamente qualquer ritual meramente formal. E percebe – se, na realização das doações para a construção do santuário, que cada individuo na congregação estava mobilizado por uma adoração pura, pois que todos deram livremente e de coração as suas ofertas, até chegar a ponto de Moisés dizer: “Basta, já temos o suficiente para a construção do Tabernáculo”. Com certeza, o povo teria dado ainda muito mais, pois o mesmo permitia a atuação maravilhosa e enriquecedora do Espírito de Deus. Correspondiam perfeitamente à Lei da causa para o efeito em benesses; ou seja, a fé que opera pelo amor e purifica a alma – ADORAÇÃO. 
Todo aquele que permite o amor de Deus inundar o seu ser, praticará a beneficência social, e essa ação é uma vida contínua de adoração a Jeová. E não importa quem somos ou o que temos, se for dedicado à honra de Deus. A fé que opera pelo amor alcançará proporções que a nossa percepção é incapaz de mensurar. Como é, por exemplo, o caso da pobre viúva, que entrou no templo, para dar as suas duas únicas moedas. Cristo, ao louvá-la, disse que ela havia dado muito mais do que todos os que ali estavam. Como isso é possível?
A lógica humana não explica como a doação dela havia sido mais rica do que as dos fariseus; que eram visivelmente muito maiores do que a da pobre viúva; no entanto, Cristo disse que era a mais rica de todos. No livro O Desejado de Todas as Nações, Ellen White escreveu que a doação da pobre viúva era comparada a um rio, cuja nascente é estreita, mas ao longo do seu percurso enlarguesse e se aprofunda, pois uma multidão, ao longo dos séculos, foi influenciada pelo Santo Espírito de Deus, a doarem-se no ministério de levar almas aos pés de Cristo. As doações dessas pessoas foram somadas a doação da pobre viúva tornando-a uma fonte rica de recursos para o sustento do evangelho nos quatro cantos da terra.
Pensei, em como vai ser o encontro da pobre viúva com Jesus lá no Céu.  Quando ela observar a sua coroa, rica em estrelas, nas mãos de Jesus; entendendo que cada estrela representa uma pessoa que se converteu através dela, vai perguntar – Quando foi Senhor que eu preguei para essas pessoas?  - E Cristo vai responder à ela qual foi a proporção do testemunho, aparentemente tão pequeno que ela deu – No livro Atos dos Apóstolos, eu li que Jesus vai mostrar à ela, como a obra foi sustentada durante todos os séculos, até a volta dEle para buscar o Seu povo, pela influência do testemunho dela.
Adorar a Deus é muito mais do que nós possamos entender. Existe uma rica e infinita informação sobre esse assunto. Entre elas, é o fato de pela nossa adoração o mundo vê O Invisível. Ainda que a pessoa venha a falecer, seu testemunho de adoração a Deus continua exercendo o seu amplo efeito dominó. E quando estivermos no lar celestial, Deus nos mostrará a influência das nossas atitudes que, antes, não estavam patentes aos nossos olhos.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

George Carlin


Nós bebemos demais, gastamos sem critérios. Dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos muita TV e raramente estamos com Deus. Multiplicamos os nossos bens, e reduzimos os nossos valores. Nós falamos demais e amamos raramente, odiamos freqüentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à lua, mas temos dificuldades de cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos, planejamos mais e realizamos menos... aprendemos a nos apressar, mas não a esperar. Construímos mais computadores, para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do “Fast-food” e da digestão lenta; do homem grande, de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, e vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartável, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas “mágicas”. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na dispensa. Uma era que leva essa carta a você. Reflita nessas palavras. Lembre-se de passar mais tempo com as pessoas que você ama, pois elas não estarão aqui para sempre. Lembre-se de dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer “eu te amo” à sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas em primeiro lugar, ame a Deus e a si mesmo. Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua família e a todo ser humano, sempre.