quarta-feira, 28 de março de 2012

Os Princípios da Física e a Trindade

“Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o Seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis”. Romanos 1:20.

Toda a doutrina que envolve a trindade, através da qual entendemos que Deus constitui-se de três pessoas distintas, tem sido, ao longo dos anos, alvo de muita controvérsia, não somente entre os céticos, mas, também entre os próprios evangélicos. Há quem se divida, embora a doutrina seja incontestável, entre os que acreditam e os que não acreditam no Deus triuno.
Uma entre as objeções apresentadas refere-se aos princípios estabelecidos e inalterados da matemática por meio dos quais é impossível que a soma de três elementos possam resultar em um (1+1+1 = 1). Sendo assim, de acordo com esse argumento, três pessoas não podem ser ao mesmo tempo uma pessoa. No que diz respeito à lógica humana, com base em princípios científicos, parece haver um conflito entre a doutrina da trindade e as leis naturais; porém, é pela mesma natureza, as leis naturais e mesmo os princípios imutáveis da matemática que é possível obter exemplos de formas de existência constituintes de uma triplicidade de elementos distintos.
De acordo com as escrituras, Deus se revela por meio da natureza de forma que é inescusável ao homem não crer na existência divina; no entanto, a natureza, através de todas as ramificações da ciência, evidencia muito mais a respeito de Deus e Sua tri unidade, do que a mente humana é capaz de perscrutar. Uma vez que Deus se revela por meio da natureza, não é de se admirar que a mesma também possua triplicidade em suas diversas estruturas. Não é por conveniência que faço essa afirmação, mesmo Albert Einstein tinha a percepção da divindade por meio das leis naturais.
“Consideremos a seguir o universo físico que logicamente deve refletir, de modo bem íntimo, O Seu Criador. Todas as coisas conhecidas neste universo podem ser classificadas sob as divisões de espaço, matéria e tempo. Ora, o espaço, pelo menos até onde podemos compreendê-lo, consiste de exatamente três dimensões, cada qual igualmente importante e absolutamente essencial. Não haveria espaço, não haveria realidade, se houvesse apenas duas dimensões. Existem, pois, três dimensões distintas – no entanto, as três compõem juntamente a totalidade do espaço. Mas existe apenas um espaço. Note-se que para a obtenção da capacidade cúbica de qualquer espaço fechado, não se adiciona o comprimento à largura e à altura, mas antes, multiplicam-se as mesmas três dimensões. Analogamente, a matemática da trindade, não 1+1+1=1, mas antes, 1X1X1=1.
Essa analogia ainda se torna mais notável na questão da matéria. A nova ciência física tem reputado a matéria, de modo cada vez mais enfático, como simplesmente tremenda energia em movimento. Dependendo da velocidade e dos tipos de movimento, são apresentados aos nossos sentidos vários fenômenos, como som, cor, calor, contextura, dureza, etc. A energia é fonte invisível que se manifesta em movimento, e assim produz fenômenos. A matéria envolve essas três fases, e nenhuma outra fase pode ser corretamente incluída alem dessas três. Cada uma dessas fases é distinta, e no entanto, envolvem a totalidade da matéria, e nenhuma das três pode existir sem as outras duas. A energia é a primeira em ordem lógica e causal, mas não em ordem de importância ou precedência. O movimento, que corporifica, revela a energia e é gerado por ela, é a segunda fase. Os fenômenos procedem do movimento e compõem os meios pelos quais os próprios movimentos afetam e tocam os homens; assemelham-se ao Espírito Santo, o qual revela o Filho, e, por meio do Filho o Pai aos homens.
Finalmente, a ultima tríade é o tempo, e é uma entidade que consiste de futuro, presente e passado. Cada qual dessas facetas do tempo constitui a totalidade do tempo; no entanto, é distinta e, além disso, uma não existe sem as outras duas. O futuro é a fonte invisível do tempo, e é corporificado e tornado real, momento após momento, pelo presente. O passado, portanto, precede o presente, tornando-se novamente invisível, ainda que continuamente nos influencie, ajudando-nos a interpretar e compreender o presente, e até certo ponto, ajudando-nos a interpretar e compreender o próprio futuro.
Desse modo, cada detalhe do universo físico é notavelmente moldado no mesmo molde em que o Deus Trino nos é exibido na Bíblia. Isso não pode ser mera coincidência. Deve haver uma razão adequada para essas semelhanças tão fundamentais que facilmente passam desapercebidas ou são ignoradas”. A Bíblia e a Ciência Moderna, Henry M. Morris. Pág.25 e 26.
Mesmo o ser humano pode ser visto como um exemplo da Tri Unidade Divina. A própria Bíblia diz a esse respeito, quando nos revela que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. A estrutura humana é composta, basicamente por mente, corpo e espírito (segundo as escrituras sagradas, espírito não é uma pessoa transparente dentro de nós a qual possui consciência própria e vive após a nossa morte. Esse espírito é como um código de Deus em nós - constituinte de leis fixas e faculdades – e que nos faz ser quem somos totalmente diferentes uns dos outros e que quando morremos volta para Deus sem qualquer consciência).
Á essa tríplice natureza, nada é acrescentado e nenhuma das partes pode existir sem as outras duas.

domingo, 4 de março de 2012

Oração


“A oração é o abrir do coração a Deus como a um amigo”. Caminho a Cristo pág. 93

A oração não é simplesmente um bate papo de uma conversa banal e sem propósito. Todas as vezes que ela é referida na Bíblia, existe um motivo grandioso por trás, que envolve o reconhecimento do servo quanto à dependência de Seu Criador, receber dEle a transformação do caráter e personalidade a imagem dAquele que nos criou, e muitas vezes ela é citada em situações de estudo e reflexão; pois é impossível que em um diálogo com Deus não sejamos instruídos por Ele. Esse é o diálogo mais elevado que alguém pode ter, o de receber de Deus o conhecimento da Sua vontade para vida do fiel inquiridor da verdade, transformando-o e habilitando-o, tanto para o serviço de Deus em salvar almas quanto para habitar nas mansões celestiais.
Diz Ellen White no livro caminho à Cristo página 93 que, Deus se comunica com os Seus filhos através da Sua palavra, através da natureza, da Sua providência e através do influxo do Seu Santo Espírito; porém, haverá uma enorme falha na comunicação, ou melhor, não haverá comunicação com Deus se não entretermos com Ele momentos íntimos de oração. Assim como em qualquer diálogo, para que a vontade e o conhecimento de Deus possam ser claramente compreendidos por aqueles que professam ter fé nEle, é necessário haver uma conversa recíproca; ou seja, todo diálogo tem que haver reciprocidade, portanto “... é necessário que, aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam” . Hebreus 11:06.
Outra importância da oração é que, ao nos achegarmos a Deus para contarmos as nossas alegrias e tristezas, não significa, em nenhum momento, que Deus não as conhece, pois Ele sabe muito bem do que necessitamos; quais são os nossos desejos e as nossas vontades. Em nenhum momento a audiência com o Altíssimo é para Lhe fazer conhecida a nossa vida, mas sim para habilitar-nos a recebê-Lo. Jesus disse aos Seus discípulos que tudo quanto pedirem em Seu nome, as comportas do Céu se abririam para que os mesmos pudessem receber as bênçãos de Deus, e no que diz respeito à palavra imutável do nosso Senhor e Salvador Cristo Jesus, essa é uma promessa que se tem cumprido sob a condição de obediência. De fato Deus derrama sobre nós as Suas bênçãos, mas elas sempre vêm superando as nossas expectativas e muitas vezes em substituição ao que pedimos, pois nosso coração inclinado para o pecado não sabe como e o que pedir a Deus. Por meio da orientação divina que nos faz saber a Sua vontade, Ele nos revela que a Sua escolha para nós é o melhor para Ele, superando em mais de 10.000 vezes o que lhe pedimos. A oração nos exercita a ter cada vez mais fé de que Deus fará sempre o melhor. Que Sua escolha para nós, não se limita apenas em nos beneficiar, mas sim, a outros e trazer honra e glória ao nome dEle, e muitas vezes nossos pedidos estão tão carregados do mais puro egoísmo que sequer temos a percepção das benção que Deus nos tem concedido para por elas agradecer em nossas orações. Portanto, é também de suma importância que o exercício da oração nos conduza a esvaziar-nos do nosso próprio eu, a fim de que o propósito de Jeová se conclua em nós; o de nos transformar a imagem santa, abnegada e altruísta Nosso Senhor Jesus Cristo.
Com o propósito de salvar a humanidade, Cristo desceu a terra. Um ser totalmente divino, revestido da totalidade humana. De acordo com a Bíblia, Deus se esvaziou de si mesmo – “Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus coisa que devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando semelhante aos homens” – Filipenses 2: 5 e 7; ou seja, se esvaziou de toda a Sua pompa e glória no Céu, deixou o seu cedro de governante por tempo determinado a fim de revestir-se de servo, como os súditos do Seu reino. Sendo Ele a riqueza do Universo se fez pobre e miserável para que os pobres e miseráveis pudessem receber a sua riqueza. Mas para isso, o sacrifício de Cristo não seria o suficiente. O homem teria que escolher receber essa riqueza, e não deveria escolhê-lo sem sacrifício. Teria o ser humano que se aniquilar; como no exemplo de Seu próprio mestre, se esvaziar –“Todo aquele que quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, toma a sua cruz e me siga” – Marcos 8:34. Por meio de situações probantes Deus conduz a alma anelante por alívio, dependente em simplicidade e humildade, rogando a Deus por socorro, e em resposta Jeová derrama sobre o mesmo as torrentes do Céu em generosa abundância. Portanto, é impossível ao que busca a Deus em suas orações com simplicidade e humildade, em reconhecimento das suas próprias fraquezas e dependência de Deus continue sendo o mesmo, pois o poder purificador de Deus, ao colocar o metal precioso no crisol, o transformará no ouro mais puro e valioso, refletindo em si mesmo a imagem do ourives que o poliu – O Senhor Jesus Cristo.