Com um comprimento de mil e
trezentos quilômetros que se estende desde o México e cortando, por inteiro, o
estado da Califórnia, a grande falha de San Andreas é um dos acidentes
geológicos mais perigosos e onde se encontra a maior atividade sísmica do
mundo. Trata-se da maior linha de falha
geológica, uma cicatriz na terra onde verifica-se a união entre duas placas tectônicas
que se movem paralelamente uma a outra provocando terremotos de grande magnitude
ao longo da fenda de San Andreas. Essas placas são a da América do Norte e da
crosta terrestre do pacífico. Ao longo
da linha de falha de San Andreas foram registrados 13 terremotos em potencial,
um desses aconteceu no ano de 1906 na cidade de San Francisco, numa escala de
7.8. A cidade teve 10% do seu território devastado e 28 mil edifícios foram
destruídos. O evento marcou o inicio de uma série de pesquisas realizadas na falha
de San Andreas as quais conduziram os cientistas a uma conclusão de que a
pressão existente na falha provocará um terremoto em potencial colocando em
risco as grandes cidades da Califórnia; uma entre as cidades afetadas que poderá
desaparecer do mapa é a cidade de Los Angeles. Acredita-se que tal terremoto
poderá até mesmo fender o estado separando-o da América do Norte. Conquanto
pode-se ter um parâmetro da proporção do terremoto por meio de mensurações dos
sismógrafos, a pergunta que ainda não tem uma resposta é: - Quando esse
terremoto ocorrerá?
Depois de três dias do terremoto
em San Francisco, um geólogo renomado foi contratado pela Califórnia com a
finalidade de descobrir a causa do tremor que sacudiu a cidade de San Francisco.
A coleta de várias evidências deu ao cientista a visão de uma aparente linha
reta causando distorções em ferrovias, curvas em estradas; e uma, entre as
evidências que mais chamou a atenção do pesquisador, uma cerca que separava
dois terrenos, no Condado de Merry, havia sido dividida em duas partes as quais
foram separadas por uma distância de 2 metros e meio uma da outra. O
espaçamento causado entre uma parte da cerca e a outra, juntamente com as
demais coletas levaram os pesquisadores a concluir que a terra havia se
movimentado, esse movimento caracterizava dois tipos de crosta terrestre se deslizando
paralelamente uma do lado da outra. A da região costeira em direção ao norte e
a do interior para o sul.
As placas tectônicas mostram que
a terra é flexível encontrando-se em movimento, e tais movimentos algumas vezes
produzem enormes tremores. Os cientistas acreditam que a crosta do pacífico
movimentou-se ao longo de milhões de anos, do pacífico, até chocar-se com a
região costeira da Califórnia. Em até determinado momento, a crosta foi
subduzida, fazendo com que a mesma se encontra-se um pouco abaixo da placa do
continente Norte Americano. Quando não mais poderia seguir adiante, a crosta
passou a deslizar pela lateral da costa.
Minha visão sobre esse ponto de
vista contradiz, até certo ponto, a visão dos cientistas. Um dos minérios encontrados
na fenda de San Andreas é a serpentinita, um minério que pode ser transformado
em talco. Segundo os geólogos esse minério facilita o deslizamento da placa em
algumas regiões da falha. O interessante é que os mesmos afirmam que o minério
foi levado do oceano para algumas regiões costeiras; logo concluo que,
possivelmente, a placa não tem se movimentado do pacífico em direção à costa da
Califórnia, mas das próprias profundezas do mar se ergueu até onde hoje se
encontra.
Outro ponto contraditório é a
causa da existência das placas tectônicas. Elas formam um conjunto de provas
sobre como o dilúvio se evidencia através da estrutura mundial. Lemos na Bíblia
que houve uma chuva tão intensa que foi capaz de inundar todo o mundo; no
entanto, a proporção de tal aguaceiro precisa ser estudada também à luz das evidências
reveladas na própria estrutura terrestre. Conta o livro Patriarcas e Profetas,
escrito pela autora americana mais traduzida no mundo todo, que não era apenas
uma chuva, mas uma torrente que invadia o mundo; não somente da fonte dos Céus,
mas do próprio interior da terra. Do seu ventre eram arrojadas ao alto enormes
rochas que quando caiam de volta ao solo eram sepultadas pela força da queda. A
estrutura da terra, sendo analisada no ponto de vista das placas tectônicas,
mostra que o mundo é como um prato quebrado e que sobre os seus cacos estão a
terra e os oceanos em constantes movimentos e isso, segundo minha visão, é
atribuído às consequências diluvianas. Com certeza, conforme o relato das
Escrituras Sagradas, a estrutura do mundo era bem diferente, antes do Dilúvio, de
como se encontra hoje.
“A superfície toda da Terra ficou
transformada com o dilúvio... A Terra apresentava
um aspecto de confusão e desolação impossível de descrever-se. As montanhas,
que haviam sido tão belas em sua perfeita simetria, ficaram despedaçadas e
irregulares. Pedras, lajes e rochas irregulares estavam agora espalhadas pela
superfície da Terra. Em muitos lugares, colinas e montanhas tinham
desaparecido, não deixando vestígio do lugar em que se achavam; planícies
haviam dado o lugar a cadeias de montanhas. Estas transformações eram mais
acentuadas em alguns lugares do que em outros. Onde estiveram os mais ricos
tesouros da Terra, em ouro, prata e pedras preciosas, viam-se os mais
acentuados indícios da maldição. E sobre os territórios que não eram habitados,
e aqueles em que houvera o menor número de crimes, a maldição repousou mais brandamente. Nesse
tempo imensas florestas foram sepultadas. Estas foram depois transformadas em
carvão, formando as extensas camadas carboníferas que hoje existem, e também
fornecendo grande quantidade de óleo. O carvão e o óleo frequentemente se
acendem e queimam debaixo da superfície da Terra. Assim as rochas são
aquecidas, queimada a pedra de cal, e derretido o minério de ferro. A ação da
água sobre a cal aumenta a fúria do intenso calor, e determina os terremotos,
vulcões e violentas erupções. Vindo o fogo e a água em contato com as camadas
de pedra e minério, há violentas explosões subterrâneas, as quais repercutem
como soturnos trovões. O ar se acha quente e sufocante. Seguem-se erupções
vulcânicas; e, deixando estas muitas vezes de dar vazão suficiente aos
elementos aquecidos, a própria terra é agitada, o terreno se ergue e dilata-se
como as ondas do mar, aparecem
grandes fendas, e algumas vezes cidades, vilas, e montanhas a arder são tragadas. Estas assombrosas
manifestações serão mais e mais frequentes e terríveis precisamente antes da
segunda vinda de Cristo e do fim do mundo, como sinais de sua imediata
destruição”. Ellen G. White - Patriarcas e Profeta, página 107-109.
As ultimas palavras deste texto
mostra-nos que conquanto não temos uma data específica que determina os eventos
catastróficos eles vão, com certeza acontecer com frequências e com intensidades
maiores. Acreditar que esses eventos precedem a volta de Cristo vai além de qualquer
fato científico ou de meras especulações, envolve apenas fé. Mas posso afirmar
com toda certeza do mundo que as evidências falam por si mesmas e que conquanto
a fé por si mesma já é o suficiente, as evidências são chamadas de sinais para
que o mundo saiba que pouco tempo lhe resta.
“As profundidades da Terra são o arsenal do
Senhor, donde foram retiradas as armas empregadas na destruição do mundo
antigo. Águas jorrando da Terra uniam-se com as águas do céu para cumprirem a
obra de desolação. Desde o dilúvio, o fogo bem como a água tem sido o agente de
Deus para destruir cidades muito ímpias. Estes juízos são enviados a fim de que
aqueles que consideram levianamente a lei de Deus e menosprezam Sua autoridade,
possam ser levados a tremer ante o Seu poder, e confessar Sua justa soberania.
Vendo os homens montanhas ardentes a derramar fogo e chamas, e torrentes de
minério derretido a secar rios, submergindo cidades populosas, e por toda parte
espalhando a ruína e desolação, o mais arrogante coração tem-se enchido de
terror, e os incrédulos e blasfemos têm sido constrangidos a reconhecer o
infinito poder de Deus”.
“Manifestações mais terríveis do que as que o
mundo jamais viu, serão testemunhadas por ocasião do segundo advento de Cristo.
"Os montes tremem perante Ele, e os outeiros se derretem; e a Terra se
levanta na Sua presença; o mundo e todos os que nele habitam. Quem parará
diante do Seu furor? e quem subsistirá diante do ardor da Sua ira?" Naum
1:5 e 6. "Abaixa, ó Senhor, os Teus céus, e desce; toca os montes, e
fumegarão. Vibra os Teus raios, e dissipa-os; envia as Tuas flechas, e
desbarata-os." Sal. 144:5 e 6”. - Ellen G. White –
Patriarcas e Profetas; página 109.
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