quinta-feira, 21 de março de 2013

Criação e Evangelho

Sabemos que pertencemos a Deus tanto pela criação quanto pela redenção em Cristo Jesus, pois Deus não somente nos criou, mas, uma vez que transgredimos sua Lei e nos tornamos pecadores, em Sua infinita misericórdia e justiça, Deus colocou Seu amor em ação, o que chamamos de Graça, para redimir o homem e recriar nele a Sua imagem e semelhança que, por conseqüência do pecado, quase foi obliterada em nossa natureza. Sendo que o assunto da criação não é mais uma novidade para nós, cristãos, e o tema da redenção nos é particularmente um assunto de constante reflexão, o que mais podemos extrair destes temas uma vez que a Revelação de Deus, em todas as coisas, é uma fonte inesgotável do conhecimento?

É comum no mundo atual, por conta do ceticismo prevalecente, acreditar que somos uma evolução dos macacos, ainda que para tal argumento não existam evidências o suficiente convincente para que o mesmo seja sustentado. O cientista Michael Behe, por exemplo, declarou que acreditava na evolução porque o assunto é comumente ensinado nas escolas, mas o cientista afirma que nunca havia parado para fazer qualquer pesquisa sobre o assunto, até se deparar com um livro escrito por Michael Danton cujo título era “Evolução – Uma teoria em crise”. Foi então que começou a questionar a origem de todas as coisas e através de minuciosas pesquisas foi conduzido a concluir que existe um ser de natureza e mente superiores e que projetou todo o universo. Michael Behe só não definiu quem é esse ser superior. Para o cientista pode ser qualquer outra forma superior de existência, podendo ser atribuída a origem de todas as coisas até mesmo aos extras terrestres. O fato, no entanto, mais importante em suas pesquisas é que as mesmas são fortes evidências e até mesmo incontestáveis da existência de um criador.

A compreensão, tanto da criação quanto da “recriação” da terra e seus habitantes encontra forte argumento em descoberta ainda mais antiga de outro cientista – Isaac Newton e está relacionado à ação da entropia sobre toda forma de energia. O processo de abstração matemática, que determina uma perda da disponibilidade energética percebido na aparência da matéria que caracteriza um envelhecimento, revela aos cientistas que o universo um dia já foi novo. Não somente isso, mas a ciência, obrigatoriamente, por causa desta manifestação, concorda que é preciso existir uma fonte que realiza a manutenção desta energia. Para os estudiosos deste assunto, falta reconhecer que essa fonte é Deus.

Passamos do processo em si para a sua procedência – Deus. O processo de entropia crescente é uma das leis naturais que Deus criou e a mesma revela algo surpreendente e que por conta do orgulho humano isso não é reconhecido – nada é eterno em si mesmo, com exceção do Criador. É fato percebível neste processo de entropia. Diz a Bíblia que o pecado fez separação entre nós e Deus; Ele, que é a fonte que realiza a manutenção de toda forma de energia. Forte argumento para entender o porquê envelhecemos e morremos, porque existem tantas doenças degenerativas, porque tudo a nossa volta está maculado, deteriorado, envelhecido e desgastado. Porque estamos desconectados da fonte renovadora da energia.

As palavras de Jesus “Eis que faço novas todas as coisas” têm uma expansão e uma amplitude que vai muito além da compreensão limitada do ser humano. Através de um estudo detalhado das Escrituras Sagradas, nota-se que existem quatro motivos pelos quais Cristo veio ao mundo como um homem. 1) Revelar o Caráter de Deus; 2) Redimir o homem; 3) Destruir e extinguir pecado e pecador e 4) Restaurar a terra. A remissão do homem e a restauração da terra envolvem tanto a transformação da natureza espiritual e mental, quanto da natureza física. Neste ato, Deus vai realizar a manutenção de energia levando a criação aqui na terra ao seu estado original, quando saiu de Suas mãos. É este um dos pontos em que associamos a criação com o evangelho; pois, uma vez a humanidade foi criada no que diz respeito à sua origem e futuramente será recriada, recebendo pela manifestação do segundo Advento de Cristo, mente e corpo incorruptíveis. E mais uma vez pela manifestação da terceira vinda de Cristo que virá à terra com os Seus santos remidos após o milênio, contemplarão da cidade santa, que descerá do Céu como uma noiva adornada para o seu noivo, a restauração da terra pelo poder do Senhor dos Exércitos. Essa mensagem é “as boas novas do evangelho”, de que pelo sacrifício de Cristo Jesus, tudo será ”recriado” ao seu estado original.

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