domingo, 4 de outubro de 2015

Os Simbolos da Páscoa


Ao preparar os meus comentários e sermões da bíblia, comecei a pensar que estavam já se tornando cansativos pois, eram assuntos e temas com os quais eu venho trabalhando há muito tempo e veem se tornando repetitivos e sem nenhuma novidade. Sentindo a necessidade de trabalhar temas novos os quais eu nunca parei para meditar sobre eles; entendendo, desde o princípio que Deus não revela algo sem um propósito, eu deveria me questionar o "porque" destes acontecimentos terem sido relatados nas escrituras sagradas. Entre os temas com os quais vou me aplicar nos próximos meses estão as festas fixas, que além de comemorativas, eram cerimoniais típicas realizadas pelo povo de Israel. Minha intenção neste estudo é aprofundar de uma forma bem detalhada, não somente o fato histórico, cronológico, cultural, temporal e cerimonial que envolviam estas comemorações, mas principalmente tratar de questões espirituais que, acredito eu, eram os principais motivos de seu estabelecimento.


Vou começar as linhas deste, com o ritual da pascoa. E porque não? A comemoração da Pascoa tem um significado que vai muito além da percepção comemorativa contemporânea repleta de conceitos seculares, temporais e deturpados quanto ao real objetivo pelo qual ela foi estabelecida. Sem contar a tradição da igreja primitiva com seus dogmas espúrios que obliteram o que foi revelado nas escrituras e não ensinam o real valor da instituição e seu propósito. Sim! a afirmação é dura, mas devo repetir as palavras ditas pelo reformador católico Martinho Lutero "Provai todas as coisas pela palavra de Deus".

O contexto histórico em que foi estabelecida a instituição da Pascoa, foi o tempo em que o povo de Israel estava em seu cativeiro no Egito. Tendo endurecido o coração do Faraó, nove pragas haviam caído em forma de juízo entre os egipcios tendo sido preservado, apenas o povo israelita. O propósito das pragas, não eram apenas libertar israel. A intenção era mostrar a ambos os povos Quem É Jeová. Tanto que, quando Moisés foi introduzido na presença do monarca, ele se apresentou como o embaixador do grande "EU SOU". Essa era uma resposta à idolatria daquela nação que, até certo ponto, havia influenciado o povo Judeu. Cada praga que Deus lançava sobre os mesmos, colocava abaixo os deuses que eles adoravam. Não foi sem admoestações e advertências que Deus efetuou a décima e ultima praga. Deus disse ao Faraó, através de Moisés que, se ele não permitisse que o seu povo, o seu primogênito entre as nações, fosse liberto para adora-lo no deserto, seria tirada a vida do primogenito de Faraó - Exodo 4: 22 e 23. Conquanto fosse a última; pela sua misericórdia, ela foi avisada antes que a primeira praga acontecesse. A ultima e derradeira praga, mostraria o Deus da vida, infinitamente maior que o Faraó adorado e reverenciado erroneamente como um deus. Onde estaria seu poder quando os primogênitos de toda a nação e inclusive o seu próprio primogênito viesse a sucumbir?

Volvendo-nos das causas da ultima praga, podemos contemplar o estabelecimento da Pascoa. Antes que israel saísse do Egito, Deus deu as devidas orientações de como o povo deveria proceder quanto a sua partida. Cada orientação deveria ser seguida estritamente. Cada família, algumas em união com outras, deveriam tomar para si um cordeiro sem defeito qual seria imolado e seu sangue aspergido nas ombreiras das portas de cada família judaica, para que, passando o anjo da morte naquela noite não ferisse os seus primogenitos. Naquela noite, o cordeiro assado, deveria ser comido apressadamente com pães asmos e ervas amargas. Assim foi instituída a Pascoa, uma comemoração, que era um memorial da libertação de Israel do cativeiro egípcio. Mas a instituição é somente histórica e comemorativa?

Vou responder essa com textos de fontes inspiradas:

"A páscoa devia ser tanto comemorativa como típica, apontando não somente para o livramento do Egito, mas, no futuro, para o maior livramento que Cristo cumpriria libertando seu povo do cativeiro do pecado". Patriarcas e Profetas, pág 163.

Assim como nas atividades que envolviam os rituais sagrados do santuário os quais simbolizavam o real e verdadeiro tabernáculo, criado não por mãos humanas, mas pelo próprio Deus, onde todo o cerimonial prefigurava o que Jesus Cristo fez para remir o homem de seus pecados; a instituição da páscoa, além de ser um evento comemorativo, era repleto de minuciosos detalhes que apontavam para um evento extraordinário o qual envolvia, o sacrifício de Cristo, a remissão dos pecados na vida daqueles que aceitassem este sacrífico e a volta do salvador para libertar o seu povo de todos os tempos do cativeiro da morte para viver a vida eterna na terra prometida, a Canaã celestial. Cada elemento da Páscoa prefigura esse ideal.

Vamos então conhecer e dissecar cada um destes elementos:

O Egito: Se a páscoa é uma instituição típica que aponta para o grande livramento do povo de Deus da morte e do pecado; logo, o Egito simboliza este mundo em seu estado atual degradado. E se, o Egito representa o mundo; logo, Faraó representava Satanás. Como Cristo um dia disse: "Aí vem o principe deste mundo e ele nada tem que ver comigo".

O Cordeiro sacrificado: "...cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família" Êxodo 12:3. Este era o centro da realização da páscoa - o cordeiro sacrificado e o mesmo simbolizava Cristo, "O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" Jo 1:29. Ou como diz o apóstolo: "Pois também Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" I Cor 5:7.

O sangue do cordeiro nas ombreiras das portas: - "O hissopo empregado na aspersão era simbolo da purificação, assim sendo usado na purificação da lepra e dos que se achavam contaminados pelo contato com cadáveres. Na oração do salmista vê-se também sua significação 'Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve' Salmo 5:17". Patriarcas e Profetas página 163.

A carne: O ato simbólico de comer a carne significa que não basta crermos em Cristo, nosso cordeiro pascal e libertador, significa que temos um papel a desempenhar neste processo de libertação. Não basta crer nEle, mas devemos no alimentar dEle, por meio da comunhão que envolvem a oração, o estudo da palavra e a meditação. Por isso Cristo disse "Se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes de Seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come da Minha carne e bebe do Meu sangue, tem vida eterna" João 6:53, 54 e 63.

Ervas amargas: O comer a carne com ervas amargosas representam a amargura do cativeiro do Egito. Assim, ao nos alimentar de Cristo, devemos fazer com contrição de alma, arrependidos pelos nossos pecados que causam separação entre nós e o nosso libertador. Separação essa que por milênios tem nos tornado escravos deste mundo.

Pães Asmos e o Fermento: Cristo é revelado no livro do apóstolo João como o pão que desceu do Céu e a observância que envolve o comer pães asmos sem qualquer introdução de fermento em sua receita indica que este fermento representa o pecado do qual todos os que se alimentam de Cristo devem se abster. "Por isso celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade" I Cor 5:8.

Assim pois está relatada a observância da páscoa no livro sagrado, não apenas para que fosse praticada; pois, quando Cristo esteve na terra e ao se despedir dos Seus discípulos, instituiu a santa ceia para que fosse celebrada em lugar da páscoa. Mesmo assim, a páscoa deveria ser estudada ao longo dos séculos até a volta de Cristo para entendermos a profundidade das lições espirituais através dos símbolos desta instituição.



 

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Graça - O Amor de Deus em Ação


Lidar com quebra de paradigmas não é fácil porque exige que nós saiamos da nossa zona de conforto com relação às nossas filosofias de vida, ideais, costumes, tradições e até mesmo conceitos doutrinais. Um deles é o conceito de graça com o qual estamos acostumados a ouvir constantemente. É comum vermos os nossos pastores, dentre outros oradores, que a Graça é um dom imerecido. Assim tem sido pregado e nós, sem qualquer questionamento ou análise bíblica, aceitamos de bom grado e assim repetimos em nossos comentários quando é oportuno. Não está errado dizer que a graça é assim; porém, o conceito não está completo. A graça é tão eterna quanto é eterno o próprio Deus; pois, está intimamente relacionada com a natureza divina. Ora, se o pecado é o que nos faz imerecedores da graça, então qual era o conceito dado a ela antes que existisse o pecado?
Em todas as escrituras sagradas e em todos os livros de Ellen White, entendemos que a graça é o amor de Deus em ação. A dinâmica criadora do nosso Senhor revela o Seu amor pelas suas criaturas bem como o Seu próprio sistema de governo. Por esse motivo é que a graça é um dom que não merecemos. Porque somos dignos de morte; mas, o amor de Deus em ação revela a Sua infinita misericórdia em conceder ao homem um tempo de graça para converter-se dos seus maus caminhos, e poder viver eternamente no reino da Glória.
João em suas epístolas disse que Deus é amor, a Lei de Deus é uma expressão de Seu caráter; logo, a Lei também é amor. Quando Lúcifer levantou sérias acusações contra o caráter divino, ele introduziu dúvidas com relação à Graça, que é o amor de Deus em ação, manifesto na Sua própria pessoa e no Seu sistema de governo.
De acordo com o livro PP página 34, o principal motivo pelo qual Deus estabeleceu o Plano da Redenção, foi para revelar o caráter DEle. Em outro livro, O Desejado de Todas as nações, está escrito que "através do plano da redenção, o governo de Deus fica justificado". A palavra justificação aplicada ao pecador significa que, ao buscar a Deus com arrependimento genuíno, ele é perdoado e absolvido da condenação da morte pelos méritos do sacrifício de Cristo. Mas neste caso, a palavra justificação ganha um sentido mais amplo. O governo de Deus não precisa de perdão porque é perfeito, mas antes que fosse provada a sua inocência toda a sociedade universal contempla o desenrolar deste processo chamado O Grande Conflito; então, ao apresentar Cristo, o Seu sacrifício perante o Pai, cumprindo todos os requisitos da Lei, estando com a natureza humana degradada por quatro mil anos, o governo de Deus é absolvido, inocentado das acusações de Satanás. Seres celestiais e a humanidade, não terão dúvidas e reconhecerão que Deus é justo e bom e que todos os Seus caminhos são beneficentes.  Consegue perceber que o Plano da Redenção faz muito mais sentido para mostrar quem é Deus do que unicamente para salvar a humanidade?
Conquanto os seres celestiais possuíssem natureza mais elevada que a dos seres humanos, e embora essa natureza fosse imaculada, eles nunca foram e nunca serão absolutos na esfera em que foram criados. Somente Deus é absoluto. Somente ele tem o pleno conhecimento de si mesmo e de todas as coisas. Logo, embora soubessem que Ele é amor, que a Graça é o Seu amor em ação, eles não tinham plena compreensão sobre isso. Tanto que uma terça parte dos anjos se rebelaram contra Deus e a outra parte que se manteve do lado de Deus teve dúvidas, sem contar o fracasso de Adão e Eva, queda que aconteceu porque deram ouvidos as dúvidas que Satanás queria introduzir em seu coração. Logo, o Plano da Redenção, não somente foi colocado em prática para salvar o homem, mas para revelar à toda sociedade Universal o amor de Deus. A graça não surgiu com o Plano da Redenção, mas o mesmo é uma manifestação inaudita da graça.
Quando perdemos de vista o nosso foco - Deus. Quando nos concentramos em nós mesmos e em nossas prioridades, revestindo-nos de um falso manto de santidade, perdemos de vista o real sentido de sermos discípulos de Cristo. Centralizamos-nos no grande conflito e agimos como se Deus tivesse que estar sempre à nossa disposição para servir-nos. Agimos como se Deus fosse aquela pessoa camarada que passa por alto os nossos defeitos porque nos ama e quer nos salvar. Devemos ter a consciência que foi a rebelião de Satanás que o excluiu das cortes celestes para nunca mais voltar. Precisamos entender que, conquanto Deus seja misericordioso, não querendo que ninguém se perca, senão que todos cheguem ao arrependimento, a salvação de todo pecador depende do seu interesse genuíno em reformar a sua vida para ser qual Cristo, O Mestre a quem juga seguir. Nossa profissão de fé deve revelar O Seu Originador. É quando nós nos lançamos aos pés de Deus em nosso total desamparo e dependência, é quando debilitados, suplicando que Ele exerça em nós tanto o Seu querer como o efetuar conforme a Sua santa vontade que Ele opera em nós o desejo de contribuir para a salvação do caráter divino. O mundo cristão perdeu de vista o puro sentido da graça. Outro extremo o qual Satanás inculcou na mente humana é a ideia de um Deus tirano e arbitrário, que fica a espreita desconfiado, esperando a manifestação dos nossos erros para nos punir. Tal concepção chega a influenciar o pensamento de que Deus é sádico. Quando aceitamos o chamado para sermos Seus missionários, o propósito da missão está acima da nossa própria salvação. Revelar em nossa vida o poder transformador da graça que opera mediante a fé e é vista por todos como o amor de Deus em ação por Suas criaturas sem que um único ponto e vírgula da Sua Santa Lei sejam revogados, torna-se o alvo supremo da nossa jornada cristã.
Diante do conceito que agora temos da graça e ao chegarmos à conclusão de que o Plano da Redenção é uma manifestação inaudita da graça, colocado em prática para revelar o caráter divino, podemos facilmente compreender a função da igreja na terra. Mas para que tal afirmação não seja interpretada como sendo uma ideia pessoal, citarei o que está escrito no livro Atos dos Apóstolos página 9: "Desde o princípio tem sido plano de Deus que através de Sua igreja seja refletida para o mundo Sua plenitude e suficiência. Aos membros da igreja, a quem Ele chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz, compete manifestar Sua glória. A igreja é depositária das riquezas da graça de Cristo; e pela igreja será a seu tempo manifesta, mesmo "aos principados e potestades nos Céus" a final e ampla demonstração do amor de Deus".


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Hebraísmo



Nas escrituras sagradas são usadas expressões idiomáticas, típicas da cultura israelita, as quais chamamos de hebraísmo. Alguns textos ou, eu diria, grande parte dos textos da Bíblia são compreendidos de forma superficial ou até mesmo de maneira equivocada pela falta de conhecimento das mesmas. Um exemplo clássico é a referência que temos de quando um dos discípulos pergunta a Jesus quantas vezes devemos perdoar e então Ele dá a seguinte resposta: "Setenta vezes sete". Cristo aqui, se utilizou de um hebraísmo o qual quer dizer infinitamente. Ele não disse que devemos perdoar 490 vezes; mas sim, sempre!

Alguns religiosos negam a divindade de Jesus Cristo excluindo textos das escrituras ou tirando outros de seu contexto; porém, notem o seguinte, várias vezes, nos evangelhos Cristo usa as seguintes expressões referindo-se a si mesmo: "Filho do Homem" e "Filho de Deus". Esses não são conceitos ocidentais, onde dizemos sem distinção nenhuma que todos nós somos filhos de Deus. Nestas expressões usadas no hebraico, quando Cristo diz que é Filho do Homem, Ele refere-se à sua absoluta humanidade e, quando Ele diz que é Filho de Deus, está referindo-se à Sua absoluta Divindade. Por esse motivo, os que se recusavam a reconhecer a divindade de Jesus, O repudiavam e tramavam a sua morte, mesmo reconhecendo nEle todos os indícios de que era Deus encarnado.

O estudo das escrituras não deve ser baseado em uma leitura superficial. Requer uma pesquisa mais aprofundada e dedicada sob a influencia do Espírito Santo para que não aconteça que tenhamos uma compreenção equivocada ou mesmo limitada. Cristo era 100% Deus e 100% homem. Alguém cuja natureza é singular e incomparável. Conquanto fosse também um profeta era sem sombras de dúvidas alguém que se distinguia entre todos os profetas.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Criação e Evangelho

Sabemos que pertencemos a Deus tanto pela criação quanto pela redenção em Cristo Jesus, pois Deus não somente nos criou, mas, uma vez que transgredimos sua Lei e nos tornamos pecadores, em Sua infinita misericórdia e justiça, Deus colocou Seu amor em ação, o que chamamos de Graça, para redimir o homem e recriar nele a Sua imagem e semelhança que, por conseqüência do pecado, quase foi obliterada em nossa natureza. Sendo que o assunto da criação não é mais uma novidade para nós, cristãos, e o tema da redenção nos é particularmente um assunto de constante reflexão, o que mais podemos extrair destes temas uma vez que a Revelação de Deus, em todas as coisas, é uma fonte inesgotável do conhecimento?

É comum no mundo atual, por conta do ceticismo prevalecente, acreditar que somos uma evolução dos macacos, ainda que para tal argumento não existam evidências o suficiente convincente para que o mesmo seja sustentado. O cientista Michael Behe, por exemplo, declarou que acreditava na evolução porque o assunto é comumente ensinado nas escolas, mas o cientista afirma que nunca havia parado para fazer qualquer pesquisa sobre o assunto, até se deparar com um livro escrito por Michael Danton cujo título era “Evolução – Uma teoria em crise”. Foi então que começou a questionar a origem de todas as coisas e através de minuciosas pesquisas foi conduzido a concluir que existe um ser de natureza e mente superiores e que projetou todo o universo. Michael Behe só não definiu quem é esse ser superior. Para o cientista pode ser qualquer outra forma superior de existência, podendo ser atribuída a origem de todas as coisas até mesmo aos extras terrestres. O fato, no entanto, mais importante em suas pesquisas é que as mesmas são fortes evidências e até mesmo incontestáveis da existência de um criador.

A compreensão, tanto da criação quanto da “recriação” da terra e seus habitantes encontra forte argumento em descoberta ainda mais antiga de outro cientista – Isaac Newton e está relacionado à ação da entropia sobre toda forma de energia. O processo de abstração matemática, que determina uma perda da disponibilidade energética percebido na aparência da matéria que caracteriza um envelhecimento, revela aos cientistas que o universo um dia já foi novo. Não somente isso, mas a ciência, obrigatoriamente, por causa desta manifestação, concorda que é preciso existir uma fonte que realiza a manutenção desta energia. Para os estudiosos deste assunto, falta reconhecer que essa fonte é Deus.

Passamos do processo em si para a sua procedência – Deus. O processo de entropia crescente é uma das leis naturais que Deus criou e a mesma revela algo surpreendente e que por conta do orgulho humano isso não é reconhecido – nada é eterno em si mesmo, com exceção do Criador. É fato percebível neste processo de entropia. Diz a Bíblia que o pecado fez separação entre nós e Deus; Ele, que é a fonte que realiza a manutenção de toda forma de energia. Forte argumento para entender o porquê envelhecemos e morremos, porque existem tantas doenças degenerativas, porque tudo a nossa volta está maculado, deteriorado, envelhecido e desgastado. Porque estamos desconectados da fonte renovadora da energia.

As palavras de Jesus “Eis que faço novas todas as coisas” têm uma expansão e uma amplitude que vai muito além da compreensão limitada do ser humano. Através de um estudo detalhado das Escrituras Sagradas, nota-se que existem quatro motivos pelos quais Cristo veio ao mundo como um homem. 1) Revelar o Caráter de Deus; 2) Redimir o homem; 3) Destruir e extinguir pecado e pecador e 4) Restaurar a terra. A remissão do homem e a restauração da terra envolvem tanto a transformação da natureza espiritual e mental, quanto da natureza física. Neste ato, Deus vai realizar a manutenção de energia levando a criação aqui na terra ao seu estado original, quando saiu de Suas mãos. É este um dos pontos em que associamos a criação com o evangelho; pois, uma vez a humanidade foi criada no que diz respeito à sua origem e futuramente será recriada, recebendo pela manifestação do segundo Advento de Cristo, mente e corpo incorruptíveis. E mais uma vez pela manifestação da terceira vinda de Cristo que virá à terra com os Seus santos remidos após o milênio, contemplarão da cidade santa, que descerá do Céu como uma noiva adornada para o seu noivo, a restauração da terra pelo poder do Senhor dos Exércitos. Essa mensagem é “as boas novas do evangelho”, de que pelo sacrifício de Cristo Jesus, tudo será ”recriado” ao seu estado original.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A Falha de San Andreas (Califórnia)




Com um comprimento de mil e trezentos quilômetros que se estende desde o México e cortando, por inteiro, o estado da Califórnia, a grande falha de San Andreas é um dos acidentes geológicos mais perigosos e onde se encontra a maior atividade sísmica do mundo.  Trata-se da maior linha de falha geológica, uma cicatriz na terra onde verifica-se a união entre duas placas tectônicas que se movem paralelamente uma a outra provocando terremotos de grande magnitude ao longo da fenda de San Andreas. Essas placas são a da América do Norte e da crosta terrestre do pacífico.  Ao longo da linha de falha de San Andreas foram registrados 13 terremotos em potencial, um desses aconteceu no ano de 1906 na cidade de San Francisco, numa escala de 7.8. A cidade teve 10% do seu território devastado e 28 mil edifícios foram destruídos. O evento marcou o inicio de uma série de pesquisas realizadas na falha de San Andreas as quais conduziram os cientistas a uma conclusão de que a pressão existente na falha provocará um terremoto em potencial colocando em risco as grandes cidades da Califórnia; uma entre as cidades afetadas que poderá desaparecer do mapa é a cidade de Los Angeles. Acredita-se que tal terremoto poderá até mesmo fender o estado separando-o da América do Norte. Conquanto pode-se ter um parâmetro da proporção do terremoto por meio de mensurações dos sismógrafos, a pergunta que ainda não tem uma resposta é: - Quando esse terremoto ocorrerá?

Depois de três dias do terremoto em San Francisco, um geólogo renomado foi contratado pela Califórnia com a finalidade de descobrir a causa do tremor que sacudiu a cidade de San Francisco. A coleta de várias evidências deu ao cientista a visão de uma aparente linha reta causando distorções em ferrovias, curvas em estradas; e uma, entre as evidências que mais chamou a atenção do pesquisador, uma cerca que separava dois terrenos, no Condado de Merry, havia sido dividida em duas partes as quais foram separadas por uma distância de 2 metros e meio uma da outra. O espaçamento causado entre uma parte da cerca e a outra, juntamente com as demais coletas levaram os pesquisadores a concluir que a terra havia se movimentado, esse movimento caracterizava dois tipos de crosta terrestre se deslizando paralelamente uma do lado da outra. A da região costeira em direção ao norte e a do interior para o sul.


As placas tectônicas mostram que a terra é flexível encontrando-se em movimento, e tais movimentos algumas vezes produzem enormes tremores. Os cientistas acreditam que a crosta do pacífico movimentou-se ao longo de milhões de anos, do pacífico, até chocar-se com a região costeira da Califórnia. Em até determinado momento, a crosta foi subduzida, fazendo com que a mesma se encontra-se um pouco abaixo da placa do continente Norte Americano. Quando não mais poderia seguir adiante, a crosta passou a deslizar pela lateral da costa.

Minha visão sobre esse ponto de vista contradiz, até certo ponto, a visão dos cientistas. Um dos minérios encontrados na fenda de San Andreas é a serpentinita, um minério que pode ser transformado em talco. Segundo os geólogos esse minério facilita o deslizamento da placa em algumas regiões da falha. O interessante é que os mesmos afirmam que o minério foi levado do oceano para algumas regiões costeiras; logo concluo que, possivelmente, a placa não tem se movimentado do pacífico em direção à costa da Califórnia, mas das próprias profundezas do mar se ergueu até onde hoje se encontra.
Outro ponto contraditório é a causa da existência das placas tectônicas. Elas formam um conjunto de provas sobre como o dilúvio se evidencia através da estrutura mundial. Lemos na Bíblia que houve uma chuva tão intensa que foi capaz de inundar todo o mundo; no entanto, a proporção de tal aguaceiro precisa ser estudada também à luz das evidências reveladas na própria estrutura terrestre. Conta o livro Patriarcas e Profetas, escrito pela autora americana mais traduzida no mundo todo, que não era apenas uma chuva, mas uma torrente que invadia o mundo; não somente da fonte dos Céus, mas do próprio interior da terra. Do seu ventre eram arrojadas ao alto enormes rochas que quando caiam de volta ao solo eram sepultadas pela força da queda. A estrutura da terra, sendo analisada no ponto de vista das placas tectônicas, mostra que o mundo é como um prato quebrado e que sobre os seus cacos estão a terra e os oceanos em constantes movimentos e isso, segundo minha visão, é atribuído às consequências diluvianas. Com certeza, conforme o relato das Escrituras Sagradas, a estrutura do mundo era bem diferente, antes do Dilúvio, de como se encontra hoje.

“A superfície toda da Terra ficou transformada com o dilúvio... A Terra apresentava um aspecto de confusão e desolação impossível de descrever-se. As montanhas, que haviam sido tão belas em sua perfeita simetria, ficaram despedaçadas e irregulares. Pedras, lajes e rochas irregulares estavam agora espalhadas pela superfície da Terra. Em muitos lugares, colinas e montanhas tinham desaparecido, não deixando vestígio do lugar em que se achavam; planícies haviam dado o lugar a cadeias de montanhas. Estas transformações eram mais acentuadas em alguns lugares do que em outros. Onde estiveram os mais ricos tesouros da Terra, em ouro, prata e pedras preciosas, viam-se os mais acentuados indícios da maldição. E sobre os territórios que não eram habitados, e aqueles em que houvera o menor número de crimes, a maldição repousou mais brandamente. Nesse tempo imensas florestas foram sepultadas. Estas foram depois transformadas em carvão, formando as extensas camadas carboníferas que hoje existem, e também fornecendo grande quantidade de óleo. O carvão e o óleo frequentemente se acendem e queimam debaixo da superfície da Terra. Assim as rochas são aquecidas, queimada a pedra de cal, e derretido o minério de ferro. A ação da água sobre a cal aumenta a fúria do intenso calor, e determina os terremotos, vulcões e violentas erupções. Vindo o fogo e a água em contato com as camadas de pedra e minério, há violentas explosões subterrâneas, as quais repercutem como soturnos trovões. O ar se acha quente e sufocante. Seguem-se erupções vulcânicas; e, deixando estas muitas vezes de dar vazão suficiente aos elementos aquecidos, a própria terra é agitada, o terreno se ergue e dilata-se como as ondas do mar, aparecem grandes fendas, e algumas vezes cidades, vilas, e montanhas a arder são tragadas. Estas assombrosas manifestações serão mais e mais frequentes e terríveis precisamente antes da segunda vinda de Cristo e do fim do mundo, como sinais de sua imediata destruição”. Ellen G. White - Patriarcas e Profeta, página 107-109.

As ultimas palavras deste texto mostra-nos que conquanto não temos uma data específica que determina os eventos catastróficos eles vão, com certeza acontecer com frequências e com intensidades maiores. Acreditar que esses eventos precedem a volta de Cristo vai além de qualquer fato científico ou de meras especulações, envolve apenas fé. Mas posso afirmar com toda certeza do mundo que as evidências falam por si mesmas e que conquanto a fé por si mesma já é o suficiente, as evidências são chamadas de sinais para que o mundo saiba que pouco tempo lhe resta.

“As profundidades da Terra são o arsenal do Senhor, donde foram retiradas as armas empregadas na destruição do mundo antigo. Águas jorrando da Terra uniam-se com as águas do céu para cumprirem a obra de desolação. Desde o dilúvio, o fogo bem como a água tem sido o agente de Deus para destruir cidades muito ímpias. Estes juízos são enviados a fim de que aqueles que consideram levianamente a lei de Deus e menosprezam Sua autoridade, possam ser levados a tremer ante o Seu poder, e confessar Sua justa soberania. Vendo os homens montanhas ardentes a derramar fogo e chamas, e torrentes de minério derretido a secar rios, submergindo cidades populosas, e por toda parte espalhando a ruína e desolação, o mais arrogante coração tem-se enchido de terror, e os incrédulos e blasfemos têm sido constrangidos a reconhecer o infinito poder de Deus”. 
“Manifestações mais terríveis do que as que o mundo jamais viu, serão testemunhadas por ocasião do segundo advento de Cristo. "Os montes tremem perante Ele, e os outeiros se derretem; e a Terra se levanta na Sua presença; o mundo e todos os que nele habitam. Quem parará diante do Seu furor? e quem subsistirá diante do ardor da Sua ira?" Naum 1:5 e 6. "Abaixa, ó Senhor, os Teus céus, e desce; toca os montes, e fumegarão. Vibra os Teus raios, e dissipa-os; envia as Tuas flechas, e desbarata-os." Sal. 144:5 e 6”. - Ellen G. White – Patriarcas e Profetas; página 109.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Evolução e as Filosofias Mortais



Adolf Hitler
 
“É absolutamente impossível acreditarmos ao mesmo tempo na Bíblia, como completa e literal Palavra de Deus, e acreditarmos na teoria da evolução. Mais que isso, é quase impossível acreditar em um Deus pessoal de qualquer espécie, e acreditar também na teoria da evolução. Os chamados evolucionistas teístas, que conseguem imaginar que a evolução foi o “método de Deus na criação”, os quais professam ver na evolução um grande, belo e bem organizado processo da natureza – que amplia e desenvolve as concepções do indivíduo acerca de Deus – estão sendo inexcusavelmente incoerentes. A evolução, por sua própria natureza, é uma teoria materialista; nada é senão uma tentativa de explicar os fatos da biologia em termos de leis da natureza, sem a necessidade de recorrer à idéia do sobrenatural ou divino. A quinta essência da teoria evolutiva é o mecanismo e a doutrina do acaso.
 Mas, se Deus realmente criou o universo, incluindo todos os seres vivos, pelo método da evolução, a este escritor parece ter Ele selecionado o método mais ineficiente, cruel e insensato para fazê-lo que se pode imaginar. Se o alvo era a criação do homem, que razão possível poderia ter havido para coisas tão desajeitadas como os dinossauros, os quais dominaram e vaguearam pela terra por milhões de anos, somente para morrerem antes de o homem haver aparecido na cena? Supostamente, a evolução se verificou por meio da luta pela existência; e a sobrevivência dos mais aptos, caso seja verdade (ou melhor, não é verdade), isso implicaria que Deus estivesse estabelecido deliberadamente uma lei a qual, para ser posta em prática, dependeria do credo de que o poder é direito, e os fortes devem exterminar os fracos. Milhões de animais devem ter perecido no decurso desse suposto processo evolucionário, e isso sem razão aparente se, conforme os modernistas asseveram, o homem era alvo final de tudo. Nas palavras de certo professor ateu “A história inteira da evolução revela e testifica que não existe inteligência atrás desse processo. Ninguém pode compreender a evolução e acreditar em Deus”.
Além disso, o caráter ateísta e satânico da doutrina evolucionista se evidencia nas muitas más doutrinas sociais que ela tem ajudado. Nietzsche e Marx, ambos radicalmente ateus, foram profundamente influenciados pelas idéias de Darwin acerca da seleção natural e da sobrevivência dos mais aptos. Esses aplicaram aos campos social e filosófico aquilo que Darwin havia tentado aplicar ao terreno biológico e assim prepararam suas filosofias mortais. De Marx, o mundo tem herdado o socialismo, o comunismo e o anarquismo. A filosofia de Nietzsche tem influenciado profundamente o pensamento político alemão, e tem se tornado o fundamento do intenso militarismo alemão do meio século passado. Mussolini era um dos mais zelosos discípulos de Nietzsche, e o fascismo foi o resultado disso. O Nazismos foi criado no mesmo esgoto. A evolução também é a base dos muitos tipos de doutrinas imorais que atualmente estão sendo ensinadas nos campos psicológicos por Freud Russel, e outros. Os evangelhos da melancolia, tais como o determinismo e o behaviorismo têm o mesmo fundamento”. A Bíblia e a Ciência Moderna página 32 e 33.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Circuito Cósmico


“O Salmo 19 desde muito tempo vem sendo fonte de diversão para os críticos da Bíblia. Falando acerca do Sol, diz o salmista “Principia numa extremidade dos Céus, e até a outra vai o seu percurso”. Tem sido afirmado que o autor desse versículo obviamente acreditava na antiga noção de que o sol gira em torno da terra.
Mas essa acusação é muito injusta, visto que continuamos empregando frases e palavras do mesmo tipo, simplesmente porque falamos de nosso ponto de vista natural de que o sol surge pela manhã acima do horizonte, atravessa o céu, e desaparece no outro extremo. A ciência inteira da astronomia e da engenharia náutica se baseia sobre a suposição, feita puramente por conveniência , de que a terra é o centro de uma grande esfera celestial, na superfície da qual se movem, em órbitas bem ordenadas, o sol, a lua, os planetas e as estrelas. E, no que tange a qualquer uso prático, assim é. Baseando-nos nessa premissa, podemos traçar cursos, determinar posições, e fazer vintenas de outras aplicações.
As palavras do salmista, entretanto, talvez tenham sentido profundo muito mais científico que isso. Os principais astrônomos acreditam atualmente que o sol, juntamente com o sistema solar inteiro, em realidade atravessa o espaço com uma velocidade tremenda de 1.160.000 quilômetros por hora, numa órbita tão gigantesca que são necessários dois milhões de séculos para completar uma volta. Além disso, é provável que nossa galáxia também esteja se movendo em relação às outras galáxias.
O circuito do sol é de uma extremidade a outra dos Céus! Quem pode acusar o Espírito Santo de ignorar a moderna astronomia?”. A Bíblia e a Ciência Moderna página 08 e 09.